"Avermelhar" Cristovam Buarque pede greve pela educação
São Paulo O senador e ex-candidato à Presidência Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu uma paralisação geral dos trabalhadores da educação por uma hora. Durante a festa do Dia do Trabalho da Força Sindical, em São Paulo, ele concordou com a afirmação de que as centrais sindicais "amarelaram" e disse que era preciso "avermelhar" o 1.º de Maio.
O senador atribuiu à falência do socialismo e à "força arrasadora da globalização" o enfraquecimento dos sindicatos. "Está na hora do trabalhador descobrir que a revolução que ele precisa está na educação. A escola do condomínio tem que ser igual à escola da favela." Ele afirmou ainda que vai pedir "uma greve geral neste país, durante uma hora que seja". "Todos os trabalhadores devem parar para dizer: educação é progresso. Isso é avermelhar o 1.º de Maio", afirmou Buarque.
São Paulo O governo e as centrais sindicais acreditam que, ainda em maio, seja aprovada uma medida provisória para legalizar essas organizações no país. Pelo projeto, as centrais sindicais teriam direito à metade (cerca de R$ 100 milhões) da atual participação do governo no bolo arrecado com imposto sindical. Em 2006, o imposto sindical obrigatório (equivale a um dia de trabalho) ultrapassou a cifra de R$ 1 bilhão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria anunciar ontem, na festa da Força Sindical, o envio da MP para o Congresso, mas esbarrou na divergência com uma das centrais envolvidas na negociação, a nova central sindical União Geral dos Trabalhadores (UGT).
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que participou da festa do Dia do Trabalho da Força Sindical, afirmou que o consenso está muito próximo e que as centrais devem fazer uma "espécie de mutirão'' para pressionar o Congresso junto com 11 partidos da base aliada do governo. "Já estamos na reta final. Nós queremos que eles façam uma espécie de mutirão para que (a negociação) não fique apenas na medida provisória do presidente'', disse Lupi. "Com certeza, (o consenso) é uma questão de pequenos ajustes que nós estamos fazendo. Só tem uma central com uma pequena discordância. Eu acredito que até meados deste mês já teremos definido isso'', afirmou.
"Coisa de veado"
A festa do Dia do Trabalho da Força Sindical, este ano, teve como tema "Os Trabalhadores em Defesa do Planeta". O presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ao defender o tema, acabou fazendo uma declaração infeliz. Ele disse que a intenção era não deixar que o problema ambiental fosse apenas bandeira de uma minoria, mas se tornasse um problema também dos trabalhadores. "Coisa de ambiente, vamos falar a verdade, até pouco tempo atrás era coisa de veado. Agora nós queremos fazer com que todos os trabalhadores defendam o meio ambiente", afirmou.
Ele disse que o fato de o tema deste ano não estar ligado a questões trabalhistas não significa que a central sindical deixava de fazer críticas ao governo. "Nós não concordamos com o aumento dado aos aposentados, não concordamos com o aumento do setor público e não concordamos com a política econômica do governo."
Público
Pelo menos 2 milhões de pessoas passaram pelas festas do Dia do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical. Pela região da Praça Campo de Bagatelle, local em que foi montado o palco da Força Sindical, passaram pelo menos 1,2 milhão de pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Já pela festa de 1.º de Maio da CUT, que começou mais tarde, no cruzamento das avenidas Ipiranga e São João, passaram 800 mil pessoas, informou a PM.
O público comparece em peso interessado nos shows gratuitos e sorteios. A Força gastou cerca de R$ 3 milhões na festa, que teve sorteio de dez carros e cinco apartamentos. A programação teve ainda mais de 40 shows gratuitos. A festa organizada pela CUT não teve sorteios.
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