A Operação Guilhotina, da Polícia Federal (PF), prendeu 28 pessoas nesta sexta-feira no Rio de Janeiro. Deflagrada nesta manhã, a ação visava a prender delegados, policiais civis e militares suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, armas e munições, milícias e venda de informações. Foram expedidos pela Justiça 45 mandados de prisão preventiva - 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares - e 48 mandados de busca e apreensão.
Um dos procurados pela PF é o delegado Carlos de Oliveira, subsecretário de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop). Durante a manhã, a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nota informando que irá exonerar o delegado. Oliveira foi nomeado subsecretário da Seop em janeiro. A prefeitura afirmou ainda que irá acompanhar as investigações da Operação Guilhotina.
A Secretaria de Segurança e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) trabalham em conjunto com a PF na ação, que contou com o suporte de 380 policiais federais, 200 homens das forças estaduais, dois helicópteros e duas lanchas. O inquérito da operação será relatado em dez dias, quando será oferecida denúncia formal contra os suspeitos.
Segundo a PF, a operação começou em dezembro, após o vazamento de informações em uma ação conduzida pela Delegacia de Polícia Federal de Macaé para prender um traficante que atuava na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. A Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e a Superintendência da Polícia Federal passaram a investigar o vazamento de informações na Operação Guilhotina.
Além de envolvimento com o tráfico de drogas, armas e munições, milícias e venda de informações, o grupo é suspeito de repassar aos criminosos armas e munições apreendidas em operações contra o crime organizado, realimentando a atividade criminosa de grupos de traficantes que atuam no Rio de Janeiro.
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