A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o desmatamento ilegal teve uma redução de 77% desde 2004 e atingiu o menor nível da história do país.

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Às vésperas da Rio+20, a presidente utilizou seu programa semanal de rádio "Café com a Presidenta" para listar ações de proteção ao ambiente, que foram apresentadas em cerimônia no Palácio do Planalto na última terça-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente.

"Em 2011 nós registramos o menor desmatamento da história do país. Eu me orgulho muito de termos conseguido, diminuir o desmatamento ilegal em 77% quando a gente compara com os índices de 2004, ano em que o Brasil lançou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia", disse.

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A presidente afirmou que este resultado se deve à forte fiscalização realizada pelo governo e lembrou que mais de 80% da floresta amazônica está preservada hoje.Na quarta-feira, a presidente deve ir ao Rio de Janeiro para a abertura da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

Dilma afirmou que o Brasil pretende apresentar ao mundo um modelo de desenvolvimento com base em três eixos: crescer, incluir e proteger. "O Brasil tem dado um grande exemplo de respeito ao meio ambiente, mas, também, de capacidade de combinar a proteção da natureza com a redução da pobreza e o crescimento econômico".

"Na última década, elevamos 40 milhões de brasileiros à classe média, tiramos outras dezenas de milhões de brasileiros da pobreza e, ao mesmo tempo, reduzimos drasticamente o desmatamento da Amazônia e mantivemos o crescimento econômico", afirmou.

Unidades de preservação

No programa, Dilma Rousseff também citou a criação de unidades de conservação e a regularização de terras indígenas, anunciadas na terça-feira.

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De acordo com a presidente, o Brasil é responsável por 75% de todas as áreas de preservação ambiental criadas no mundo nos últimos nove anos. "Na semana passada, nós criamos duas novas unidades de conservação. Uma delas é a Reserva Biológica de Bom Jesus, no Paraná, que é uma área da Mata Atlântica; a outra é o Parque Nacional Furna Feia, na Caatinga do Rio Grande do Norte. Nós também ampliamos outras três unidades de conservação e oficializamos sete áreas indígenas", disse a presidente.

Ainda sobre as medidas já anunciadas, a presidente destacou o decreto que institui "compras sustentáveis" para o governo federal e a criação de unidades de proteção ambiental. Sobre as compras, Dilma afirmou que a União vai dar prioridade "a produtos e serviços que forem fabricados respeitando o meio ambiente".

"A partir de agora nós vamos exigir ou vamos dar prioridade a produtos e serviços que sejam produzidos ou feitos de forma sustentável. Isso significa que se a gente tiver dois fornecedores de um determinado produto, vamos comprar daquele que produz com menor impacto sobre as matas, o ar, o solo e os rios, com economia de água e energia", explicou.

Dilma Rousseff também citou a criação do programa Bolsa Verde, um benefício de R$ 300 pago pelo governo federal para famílias extremamente pobres que trabalhem com produção agrícola sustentável "sem desmatar ou destruir o meio ambiente". De acordo com a presidente, hoje 23 mil famílias recebem o benefício.

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