O buraco da camada de ozônio na Antártida chegou este ano, pela terceira vez, a cidades do sul da Argentina e do Chile, informou nesta segunda-feira o Centro de Pesquisa Atmosférica de Izaña, em Tenerife (Ilhas Canárias).
Alberto Redondas, pesquisador deste centro, disse nesta segunda-feira (21) que a camada de ozônio diminuiu mais de 50% em relação a seus valores normais e que o índice de intensidade da radiação ultravioleta passou de quatro para dez, segundo o registro do dia 16 de outubro, data em que o buraco alcançou os 51 graus ao sul da cidade argentina de Rio Gallegos.
O aumento do buraco na camada de ozônio é especialmente prejudicial em outubro e novembro, quando a intensidade da radiação ultravioleta aumenta no hemisfério sul, afirmou Redondas.
O pesquisador explicou que a área afetada pelo buraco da camada de ozônio, incluindo zonas povoadas da Patagônia, alcançou este ano seu pico máximo no dia 16 de setembro, segundo a Organização Meteorológica Mundial.
O maior tamanho do buraco sobre Ushuaia (sul da Argentina) foi registrado em 2006, quando chegou a 26 milhões de quilômetros quadrados.
Em 2013, a extensão do buraco alcançou os 24 milhões de quilômetros, depois que sua tendência a diminuir foi interrompida em 2011.
O programa de ozonosonde, desenvolvido na estação de Vigilância Atmosférica Global de Ushuaia, faz pesquisas semanais sobre o buraco da camada de ozônio.
Este programa é um projeto conjunto do Serviço Meteorológico Nacional (SMN; Argentina), do governo da Terra do Fogo (Argentina), do Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA, da Espanha) e da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet, da Espanha).