Algumas ações humanas, cuja motivação não era combater o efeito estufa, contribuíram para conter as mudanças climáticas. Entre elas estão as duas guerras mundiais, a quebra da bolsa de valores de Nova York (1929) e o Protocolo de Montreal (1987), em que mais de 150 países concordaram em substituir elementos químicos que provocavam o aumento do buraco da camada de ozônio.
O economista ecológico Francisco Estrada, da Universidade Livre de Amsterdã, publicou um artigo na revista Nature Geoscience sobre a relação destes eventos históricos com o abrandamento do aquecimento global. O pesquisador analisou dois bancos de dados: um com a evolução da temperatura global entre 1850 e 2010, e outro sobre as emissões de gases-estufa, como o CO2, entre 1880 e 2010.
Segundo Estrada, um período de esfriamento entre 1940 e 1970 teve como causa a menor liberação de gases-estufa - um fenômeno ligado a uma série de crises econômicas, quando as indústrias estão menos ativas. Isso foi registrado também durante as duas guerras mundiais e a depressão de 1929.
O aquecimento também foi abrandado em meados dos anos 1990. O motivo, de acordo com Estrada, foi o Protocolo de Montreal. Sem ele, a temperatura hoje seria 0,1 grau Celsius maior.
O CO2 ainda é a maior causa do aquecimento global. Mas, para Estrada, os governantes devem primeiramente investir no combate a outras substâncias ligadas a emissões de gases-estufa, com um acordo semelhante ao Protocolo de Montreal.
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