A tecnologia será aliada no controle a invasores em duas unidades de conservação no Paraná – o Parque Nacional dos Campos Gerais e a Reserva Biológica (Rebio) das Araucárias, ambas na região de Ponta Grossa. Drones irão monitorar as áreas, registrando a ação de desmatamento, caça e também focos de incêndio.
Há pelo menos uma década fotos aéreas e imagens de satélite são usadas como aliadas no controle do desmatamento. Mas os drones permitirão o monitoramento mais próximo e com resposta mais ágil. Em meio à mata fechada e sem pessoal em número suficiente para percorrer vastas áreas, a fiscalização de unidades de conservação é uma tarefa difícil. E dá margem para que criminosos aproveitem as brechas.
O pesquisador Carlos Hugo Rocha, ligado à Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalhou no mapeamento do uso da terra nas unidades de conservação e também na área de entorno. O projeto envolveu análise de imagens e visitas de campo. Surgiu, então, a ideia de fazer o monitoramento com drones, informando os gestores das unidades sobre possíveis ameaças. O trabalho também deve inspirar e servir de referência para o uso de tecnologias semelhantes em outros parques.
A iniciativa será financiada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, como parte do edital anual de apoio a projetos, que bancará R$ 1,5 milhão para 20 propostas – sete delas serão realizadas no Paraná e contarão com aporte financeiro de R$ 600 mil, sendo R$ 92 mil para o projeto dos drones. Os equipamentos serão adquiridos em breve.
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