A partir desta terça-feira até quarta, chega ao Rio a maior parte dos 115 chefes de Estado e Governo que participarão da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, de 20 a 22. Eles se reunirão em mesas-redondas para discussões amplas sobre os temas envolvendo desenvolvimento sustentável com inclusão social e erradição da pobreza. Também terão em mãos o documento final cercado por divergências.
Oficialmente, as reuniões de cúpula ocorrem em etapas nas quais os chefes de Estado e Governo discutem as propostas contidas no texto, já previamente negociadas por seus representantes. Daí, os esforços nos últimos dias para evitar que o documento final mantivesse as controvérsias. A ideia é que os líderes apenas deem o tom político da declaração, respeitando os aspectos técnicos do texto.
Pela experiência, negociadores dizem que a tendência é que nessas reuniões dos chefes de Estado e Governo se repitam os argumentos apresentados pelas delegações ao longo dos dias. Em meio às negociações, houve embates frequentes entre os grupos dos países desenvolvidos e dos em desenvolvimento.
Para os representantes dos países ricos, não é o momento de definir compromissos específicos nem de fixar valores para investimentos. Norte-americanos, australianos, japoneses e europeus alegam que a crise econômica internacional provoca impactos e impede previsões a longo prazo. Paralelamente, os representantes dos países em desenvolvimento cobram responsabilidades e metas precisas.
A presidente Dilma Rousseff, que desembarca nesta terça na cidade, decidiu que, de manhã, vai se dedicar às reuniões bilaterais por enquanto acertadas com o presidente François Hollande (França) e os primeiros-ministros Wen Jiabao (China) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia) e à tarde participará dos debates da conferência.
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