O presidente da Alcoa, Franklin Feder, afirmou que o fato mais marcante da Rio+20 foi o protagonismo da iniciativa privada. O executivo participou nesta sexta-feira do lançamento do documento Visão Brasil 2050, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) durante a Conferência das Nações Unidas.
"Hoje ainda estamos vivendo a crise pós-2008. Os governos estão preocupados com outros assuntos. Daí o protagonismo da iniciativa privada", disse Feder. "Para mim, o fato marcante dessa Rio+20 foi o protagonismo da iniciativa privada. Tivemos uma atuação espetacular."
Entre as metas para 2050 apresentadas pelo documento do conselho empresarial estão a eliminação da corrupção e da pobreza, a diversificação da matriz energética, a reciclagem de resíduos, a exploração sustentável dos recursos naturais e a redução do desperdício no processo produtivo. Entretanto, a agenda não aponta os meios para resolvê-los.
Para a confecção do Visão Brasil 2050, o CEBDS realizou workshops com mais de 70 empresas, instituições acadêmicas, representantes do governo e de organizações não governamentais. "Em 2050, o design de produtos melhorou, o desperdício do processo produtivo e logístico caiu a zero, e as pesquisas desenvolvidas permitiram a criação de novos materiais além do aperfeiçoamento dos já existentes", previu Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.
"Sabemos das questões dos limites do planeta, das questões éticas envolvidas quando se fala em desenvolvimento sustentável. O Visão 2050 nos ajuda a ter boas perguntas e questionamentos para continuarmos caminhando", definiu David Canassa, gerente de Sustentabilidade Corporativa do grupo Votorantim.