Nikhil Seth, o porta-voz do secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, acaba de confirmar que o documento final da conferência não ficará pronto nesta sexta-feira (15), como estava originalmente previsto.
A negociação se estenderá até a cúpula de chefes de Estado e governo, que começa na próxima quarta-feira.
Caberá ao Brasil, que como país-sede tem a presidência da Rio+20, definir o mecanismo de negociação a partir de sábado.
Os pontos que estão travando a conclusão do documento são o financiamento da transição para o desenvolvimento sustentável, a definição de economia verde, a reafirmação do princípio das "responsabilidades comuns, mas diferenciadas" -- pelo qual os países ricos devem assumir a maior parte dos custos da transição -- e o futuro quadro institucional para o tema.
Neste último ponto, caberá definir se o Pnuma, programa da ONU para o ambiente, será ou não transformado em uma agência das Nações Unidas, com mais poderes e contribuições obrigatórias de todos os países.
Ontem, o negociador-chefe brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, disse que o Brasil não tem um documento alternativo "na manga", mas vai procurar aproximar posições, sem abrir mão de um documento que seja "o mais ambicioso possível".
Segundo Seth, a expectativa agora é que negociação seja concluída no dia 19, véspera da cúpula de "alto nível".