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A ONU lançou neste domingo (17) na Rio+20 uma nova forma para avaliar o desempenho econômico dos países. A diferença é que os recursos naturais também entram na conta.

A métrica, batizada IRI (Índice de Riqueza Inclusiva), inclui áreas agrícolas, florestas, combustíveis fósseis e reservas mineirais no cálculo do crescimento econômico dos países.

O objetivo é auxiliar a análise do desempenho da economia dos países principalmente a longo prazo.

"Há países que tiveram um crescimento de PIB [Produto Interno Bruto] explorando seus recursos naturais. Mas essas fontes são esgotáveis" explica Anantha Duriaiappah, diretor executivo do Programa Internacional de Dimensões Humanas da Universidade das Nações Unidas (UNU-IHDP, na sigla em inglês), um dos órgãos da ONU que elaborou o índice.

Para o lançamento do índice, a equipe da ONU analisou o desempenho do IRI em 20 países dos cinco continentes no período de 1990 a 2008. Esses países somam 56% da população mundial e 72% do PIB mundial.

De acordo com a listagem, o Brasil está em quinto lugar na média de crescimento do IRI per capita nos 19 anos avaliados (0,9%), empatado com o Japão e Reino Unido.

Mas isso não significa exatamente um resultado positivo: o país perdeu 25% dos seus recursos naturais no período analisado.

O melhor índice foi o da China: 2,1%. Já o país com pior desempenho do IRI per capita de 1990 a 2008 foi a Nigéria, com uma queda de 1,8% -- mas o PIB per capita daquele país teve um aumento de 2,5% no mesmo período.

Competição

De acordo com Duriaiappah, a ideia do IRI não é "concorrer" com o PIB ou com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), mas sim criar uma nova forma para analisar o desempenho dos países - principalmente a longo prazo.

"No entanto, podemos dizer que o PIB está um pouco defasado. O índice foi criador no pós-guerra, em outro contexto histórico."

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