A representante da Petrobras na rede brasileira do Pacto Global, Sue Wolter não soube explicar por que a estatal reduziu os investimentos em biocombustíveis no plano de negócios para o período 2012-2016, que foi divulgado na semana passada.
Wolter, que é gerente de avaliação do desempenho da gerência executiva de responsabilidade social, assinou nesta segunda-feira (18) um documento com dez compromissos para a promoção da economia verde e inclusiva durante a Rio +20.
"A empresa está sempre revendo o seu portfólio e os diretores vão explicar o plano a partir do dia 25", disse ao ser perguntada sobre a redução de investimentos em energia limpa.
O dia 25, quando a Rio +20 já tiver terminado, foi estipulado pela Petrobras como o prazo para comentários sobre o plano de negócios, que aumentou o investimento em energia suja (fóssil) e reduziu em biocombustíveis.
A representante da estatal defendeu a companhia afirmando que desde 2006 a Petrobras está na lista de sustentabilidade do índice Dow Jones."Estamos no Pacto Global e nossa presidente [Graça Foster] faz parte do board da rede internacional [Global Compact]", disse Wolter durante sua apresentação.
O grupo Global Compact Corporate, composto de cerca de 7.000 empresas no mundo, foi criado pela ONU para estimular as empresas a promoverem ações sustentáveis em suas operações. No Brasil, são 400 empresas do conglomerado.
A executiva não deu números sobre as metas de redução de emissões da companhia, afirmando que em breve o relatório de sustentabilidade será divulgado. "Já está pronto (o relatório) e será divulgado em breve", disse.