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O museu possui equipamentos usados por funcionários da Sanepar e artefatos relacionados ao saneamento no estado. | Antônio More/Gazeta do Povo
O museu possui equipamentos usados por funcionários da Sanepar e artefatos relacionados ao saneamento no estado.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Conhecer museus temáticos é programa obrigatório em qualquer city tour pelo mundo. Além de divertido, o passeio revela muito da cultura e da história local. Em Curitiba, o Museu do Saneamento é um bom exemplo disso. O espaço, inaugurado em 2014, mostra a evolução da engenharia do setor, da própria Sanepar (mantenedora do local) e estimula a conservação dos recursos hídricos. Um prato cheio para estudantes, professores e curiosos de carteirinha. Lembrando que nesta sexta-feira (6) se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente.

R$ 2,35 milhões

foram investidos pela Sanepar na reforma do prédio a antiga estação de tratamento de água do Tarumã, que hoje abriga o museu. O prédio, classificado como Unidade de Interesse de Preservação, ficou em reforma entre fevereiro de 2010 até junho de 2013. O espaço abriga ainda o Centro de Tecnologias Sustentáveis (CETS), onde são desenvolvidas pesquisas sobre saneamento.

Museu do Saneamento

Rua Eng. Antônio Batista Ribas, 151. Funciona de terça a sexta, das 9 às 11 h e das 14 às 16 h. As visitas devem ser agendadas pelo e-mail visitas@sanepar.com.br . A entrada é franca.

A viagem nostálgica começa pelo próprio prédio de mais de 5 mil metros quadrados que hoje abriga o museu, no bairro Tarumã. Ali, em 1945, foi inaugurada a primeira estação de tratamento de água da cidade, e que funcionou até 2004. Os tanques de decantação e os cilindros gigantes usados nos processos de purificação ainda estão por lá. Equipamentos de análise química, móveis de época e computadores integram o acervo, e uma lambreta usada décadas atrás por funcionários da Sanepar no Norte Pioneiro. A vespa foi recuperada de um ferro-velho.

No acervo de mais de 8 mil itens, há peças que remetem à própria história de Curitiba, como tampas de poços de visita datadas do início do século 20. Ou então um fichário com os nomes de todos os clientes da empresa entre 1945 e 1965. Cabiam em uma escrivaninha.

Exposição

Além dos objetos históricos, outra atração do museu é a exposição “Dos olhos d’água à Sanepar”, que traça a evolução do saneamento no estado. Ao mirar os cartazes, descobre-se, por exemplo, que em meados do século 19 Curitiba era abastecida pelos “aguadeiros”, que transportavam em carroças os tonéis com o “precioso líquido”, como se dizia. Há uma réplica dessas carroças no local.

Já a inauguração da Represa do Carvalho, em 1908, marcou o início da rede de captação e distribuição de água de Curitiba, trazendo a água, por dezenas de quilômetros, dos mananciais da Serra do Mar até as residências, usando só a força da gravidade. Segundo Junio Ferreira Lima, coordenador do museu, esse é um bom exemplo de sustentabilidade, pois o esquema não exigia um watt de energia. Assim funcionou por 40 anos, até que a cidade exigiu novas tecnologias.

Mostrar que a água não chega às casas por magia e sim graças a um complexo projeto de engenharia é revelador. “Tentamos sensibilizar para a questão dos recursos hídricos. Como aprender a usar a água de forma racional”, diz Lima. Nesse sentido, o museu planeja ter, em dois anos, um espaço interativo para abordar a questão ambiental.

  • O Museu do Saneamento fica onde funcionava a primeira estação de tratamento de água de Curitiba, no bairro Tarumã
  • Réplica de carroça usada pelos “aguadeiros”, que distribuiam a água em Curitiba em meados do século 19
  • Tampas de poços de visita da Sanepar do início do século 20, além de equipamentos usados pelos funcionários
  • Vista geral do salão principal do museu
  • Instrumentos antigos usados no tratamento químico da água
  • Computadores portáveis usados na década de 1980 para emitir a fatura de água
  • Parte do prédio, considerado como Unidade de Interesse de Preservação, ainda abriga equipamentos da antiga estação de tratamento de água
  • Fichário com os nomes de todos os clientes da Sanepar em Curitiba entre os anos de 1945 e 1965
  • À frente, instrumentos usados para “chumbar” as antigas adutoras que traziam a água dos mananciais da serra até Curitiba
  • Hidrômetro volumétrico antigo exposto no Museu do Saneamento
  • A Vespa L19 era usada por equipes da Sanepar no Norte do Paraná para inspeções e visitas a clientes
  • Carteirinha da primeira secretária da Sanepar.
  • Kenitiro Nagayama, primeiro funcionário da Sanepar (1964)
  • Reserva técnica do Museu do Saneamento: boa parte do acervo ainda aguarda nem foi catalogado
  • Antes do surgimento da Sanepar, em 1964, havia o Departamento de Água e Esgotos, entre os anos 1920 e 1960
  • Equipamentos usados na distribuição de água
  • Cromatógrafo a gás usado na análise química da água
  • Documentos históricos, plantas e croquis também integram o acervo do museu
  • Mural do Museu do Saneamento
  • Há um projeto em curso para transformar parte do museu em um ambiente interativo, com recursos audiovisuais
  • Museu do Saneamento: equipamento usado no processo de controle da qualidade da água
  • Museu do Saneamento: equipamentos de medição de pressão e controle de fluxo da água

TEMÁTICOS

Confira outros museus temáticos de Curitiba

Automóvel

Reúne acervo de carros antigos, de vários modelos e épocas. Fica no Parque Barigui, acesso pela Av. Cândido Hartmann. Funciona de terça a sexta, das 13h30 às 16h45; sábados, domingos e feriados, das 10 às 11h45 e das 13h30 às 17h45. Ingressos a R$ 5. Crianças com menos de 10 anos não pagam. Informações: www.museuautomovel.com.br.

Expedicionário

Guarda documentos e artefatos referentes à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Fica na Rua Comendador Macedo, 655 (Praça do Expedicionário). Abre de terça a sexta, das 10 às 12h e das 13 às 17h; sábados e domingos, das 13 às 17h. Entrada franca. Informações: www.museudoexpedicionario.com.

Periferia

Conta a história do bairro Sítio Cercado e da luta pela moradia na periferia de Curitiba. Está localizado na Rua Francisco Lobo, 213. As visitas são agendadas pelo telefone (41) 8834-5221. Informações: http://mupesitiocercado.blogspot.com.br/. Entrada franca.

Ferroviário

Abriga mobiliários e peças que colaboram para o resgate histórico da memória ferroviária no Paraná. Funciona de terça a sábado, das 10 às 18h; domingos, das 11 às 19h. Fica dentro do Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2.775). Informações: (41) 2101-9202 e (41) 2101-9355. Entrada franca.

Fotografia

Possui um acervo de cerca de 1,5 mil imagens feitas por diversos fotógrafos brasileiros. Está localizado no Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533). Abre de terça a sexta, das 9 às 12h e das 14 às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12 às 18h. Informações: (41) 3321-3240.

Egípcio

Abriga artefatos e documentos da civilização egípcia, incluindo a múmia Tothmea. Fica na Rua Nicarágua, 2.620. Funciona de segunda a sexta, das 8 às 12h e das 13 às 17h30; sábados, das 14h30 às 17h. Informações: http://urci.org.br/museuegipcioerosacruz/.

Telefone

Reúne acervo sobre a história da telefonia. Fica junto à Torre Panorâmica da Oi (R. Professor Lycio Grein de Castro Vellozo, 191, Mercês). Abre de terça a domingo, das 10 às 19h. Entrada franca. Somente o acesso à torre é cobrado (R$ 3,50, até as 18 h). Informações: (41) 3339-7613.

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