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Turismo

Vila Velha comemora 60 anos com novas atrações

Símbolo de Ponta Grossa, a “Taça” é uma das formações mais visitadas | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Símbolo de Ponta Grossa, a “Taça” é uma das formações mais visitadas (Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo)

Conhecido por suas enormes formações rochosas e pela beleza natural, o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, completa seis décadas de existência no mês que vem. Para comemorar, cinco dias de atrações, de 16 a 20 de outubro. Entre elas, a apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná, exposição de astrofotografias e o lançamento de quatro novos produtos turísticos – Caminhada Noturna, Observação de Pássaros, Ciclo Turismo e Trilha da Fortaleza.

Situado dentro de uma fazenda, o conjunto de Vila Velha foi tomba­do pe­lo Departamento de Pa­trimônio Histórico e Ar­tístico do estado em 1966 com a intenção de pro­te­ger os mais de 18 quilô­metros quadrados de formações rochosas compostas por três sítios vizinhos – os Arenitos, as Furnas e a Lagoa Dourada.

Desde a criação, o Parque já teve vários gestores e chegou a ficar fechado à visitação entre 2002 e 2004 para uma revitalização. Nesse processo de reestruturação, além da criação de trilhas, delimitação do número de visitantes e acompanhamento de guias, também houve uma mudança de pensamento quanto à preservação da área – lanchonetes foram extintas, o acesso irrestrito aos arenitos, também. "Os arenitos são muito frágeis e quando você pisa neles, provoca erosão", conta o guia Vinícius ao mostrar a famosa Taça – arenito símbolo da cidade de Ponta Grossa.

Compartilhado

Outro ponto que sofreu mudanças foi a administração do parque. O local, antes administrado apenas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), agora tem uma gestão compartilhada entre IAP e Ecoparaná.

Atualmente, Vila Ve­lha, que tem capacidade máxima para receber 815 visitantes por dia, conta com três produtos turísticos em um passeio que dura três horas. A primeira parada é na trilha dos arenitos, uma coleção de enormes blocos com mais de 18 milhões de anos que foram sendo esculpidos nas mais diversas formas pela ação do tempo. O segundo ponto de visitação são as Furnas – três crateras com paredes verticais que chegam a ter 100 metros de profundidade, a metade é coberta pela água. O último ponto de parada é a Lagoa Dourada – enorme lagoa de águas cristalinas que recebeu esse pelo efeito que o pôr do sol provoca quando rebate na água.

"Nosso objetivo é promover um passeio que proporcione o conhecimento, que a visita à Vila Velha seja uma oportunidade de aprendizado", ressalta Maria Ângela Dalcomuni, responsável geral pelo Parque.

Sem previsão

Com as comemorações de 60 anos do Parque Estadual de Vila Velha chegando, volta à discussão um antigo problema do parque: a reforma e inauguração do Centro de Geociências.

A obra ficou pronta em 2009, conta com quatro pavimentos e tinha como projeto inicial abrigar um Museu de Geologia e Paleontologia de Vila Velha. A falta de assinatura de um convênio entre a Fundação João José Bigarella (Funabi) e o governo do estado, e problemas com infiltração no prédio, impediram a abertura do local à visitação.

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