No Brasil, que é o quarto país em mortes no trânsito, ações educativas para melhorar a segurança viária ganham importância. E é isso que propõe o novo Memorial da Segurança no Transporte, inaugurado pela Volvo nesta quinta-feira (6), na Cidade Industrial (CIC), em Curitiba. Ali, porém, o alerta é feito de maneira incomum. Quem visitar o espaço poderá experimentar capotar dentro da carroceria de um caminhão e bater em uma parede de concreto simulada por óculos de realidade virtual.
Como visitar
A visitação é gratuita e o espaço está aberto de quarta sábado, das 9 às 17 horas. A organização pede que o visitante agende a visita no site do Memorial. Visitas em grupo terão de ser obrigatoriamente agendas.
O espaço é pensado pela Volvo há mais de dez anos. O prédio já existia, mas teve de ser reconstruído porque um ônibus biarticulado foi içado para servir de espaço de exposição da história do transporte coletivo de Curitiba. Dentro do coletivo, um vídeo do ex-prefeito e ex-governador Jaime Lerner remonta todo o caminho percorrido para a criação da rede de BRTs da cidade. Os recursos para construção vieram de renúncia fiscal.
Tudo no novo memorial foi pensado para que o visitante possa interagir. Na entrada, imagens holográficas reproduzem os fundadores da multinacional sueca em uma oficina mecânica. À volta ao passado prossegue com uma exposição de como o homem das cavernas dava atenção a sua segurança, a reprodução das caravelas portuguesas e a possibilidade de ouvir a narração da carta de Pero Vaz de Caminha.
Toda a história do transporte e dos equipamentos de segurança está presente no espaço. Desde o primeiro coletivo motorizado, que nasceu na cidade alemã de Siegen e transportava oito passageiros a até 15 Km/h até uma reprodução em tamanho fiel do primeiro satélite artificial a ir à órbita, o Sputnik.
A interação ganha escala conforme o visitante avança pelo memorial. Quem dirige sabe que a aderência dos pneus no asfalto seco ou no molhado tem enorme diferença. Para provar isso, o memorial tem caixas diferentes tipos de piso, inclusive gelo, onde é possível sentir a aderência da borracha em cada um deles.
“A ideia é que o visitante perceba o quanto é importante respeitar as leis de trânsito e sempre dar a preferência. O impacto em uma colisão cresce exponencialmente quanto maior velocidade. Então é preciso respeitar os limites das vias”, afirmou Marco Greiffo, coordenador do Memorial da Segurança no Transporte.
Capotando
A vivência fica ainda mais intensa dentro da cabine de caminhão que simula o capotamento. Dentro de uma cabine virada em 90 graus, é impossível não pensar em como o cinto de segurança é fundamental para reduzir os danos causados por um acidente desse tipo.
O passeio termina com a simulação de uma colisão frontal a 8 Km/h. Para ter essa experiência, o visitante senta num banco semelhante ao de um caminhão fixado em um trilho. Após afivelar o cinto e colocar os óculos de realidade virtual, a cadeira se desloca até se “chocar”. A curta viagem fictícia é feita com um dummy como passageiro -- aquele boneco usado em testes de colisão. O avanço na tecnologia por trás desses bonecos, aliás, também é elemento de curiosidade. Atualmente, eles podem custar até R$ 500 mil reais por causa dos sensores que medem a deformação causada pelo impacto.
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