Não são apenas adolescentes paraguaios que cruzam a fronteira em busca de esmolas no lado brasileiro. Cerca de 50 crianças indígenas, de uma tribo guarani, que vivem provisoriamente com os pais em uma área próxima a rodoviária de Ciudad del Este, também conhecem o caminho até Foz do Iguaçu.
Os guaranis vieram dos estados paraguaios de Caagazú e Caazapa em busca de melhores condições de vida na fronteira, mas acabaram se deparando com dificuldades em Ciudad del Este e por isso alguns arriscam-se a ir em Foz do Iguaçu em busca de algo para comer.
Maria Ribas, 37 anos, diz que costuma cruzar a fronteira com os cinco filhos para pedir esmolas em Foz porque no Paraguai a situação está difícil. As crianças costumam circular nas ruas sob os olhares da mãe até conseguir algo para comer ou vestir. O mesmo acontece com brasileiros no Paraguai. Alguns cruzam a fronteira e acabam sendo explorados por meio da prática do trabalho infantil ou em prostíbulos paraguaios. Recentemente, o fluxo de crianças paraguaias em Foz caiu porque a Polícia Federal, Polícia Rodoviária têm realizado blitz permanente na Ponte da Amizade.
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