Além de crescer, a população de rua de Curitiba também está mudando de perfil. Ainda não há um levantamento específico para demonstrar tal alteração. Porém os próprios agentes do resgate social, bem como a população que reside ou trabalha em áreas de concentração de moradores de rua, vêm percebendo atitudes mais agressivas.
Marlene Block, gerente técnica do resgate social da prefeitura, concorda que os moradores de rua estão mais agressivos. "Isso é inusitado. Não há uma resposta ainda, mas com certeza é algo para ser avaliado", afirma.
Para a socióloga Milena Martinez, tal atitude é reflexo da insatisfação dos moradores de rua. "Nenhuma pessoa se sente confortável em ser miserável. Assim, criam uma solidariedade entre eles para sobreviver, para proteger os integrantes do grupo. Talvez daí venha a violência."
A situação causa transtornos à população em geral. Ao circular em pontos de encontro de moradores de rua, não é difícil escutar histórias de agressões de moradores e comerciantes.
Na região da Praça 29 de Março, por exemplo, os relatos vão de xingamentos a roubos e furtos. Pedro Paulo Ramos, proprietário de uma tinturaria na região, é um caso de polícia. Num dos dois assaltos ao seu estabelecimentos, não só levaram roupas de clientes e dinheiro, como destruíram computadores e defecaram no interior da loja. "Com certeza estavam drogados. O prejuízo foi de R$ 4 mil."
Outra comerciante, que não quis se identificar, diz que sempre doava coisas a um pedinte, como comida e produtos higiênicos. Até que um dia esse mesmo pedinte a assaltou com outro morador de rua. "Não posso deixar coisas em cima do balcão, pois eles vêm, passam a mão e levam", diz. (MXV)
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