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Alessandra: corpo foi achado pelo irmão mais velho em meio a um matagal | Fotos: Henry Milleo/Gazeta do Povo
Alessandra: corpo foi achado pelo irmão mais velho em meio a um matagal| Foto: Fotos: Henry Milleo/Gazeta do Povo
  • José, pai da menina: servente de pedreiro mora com mulher e sete filhos

Castro - Dezessete horas depois de desaparecer, a estudante Alessandra Subtil Betim, 8 anos, foi encontrada morta num terreno baldio, a menos de 500 metros de sua casa, na Vila Cantagalo 2, em Castro, nos Campos Gerais. Alessandra levou uma pancada na cabeça e foi estuprada. A morte foi causada por traumatismo craniano, segundo o Instituto Médico-Legal (IML). A polícia ainda não anunciou se tem suspeitos do crime.

Alessandra brincava com amigos e irmãos em frente à sua casa, na tarde de domingo. Segundo a polícia, a menina teria sumido quando estava indo à padaria na companhia de duas irmãs, de 11 e de 6 anos, mas desistiu na metade do caminho dizendo que retornaria para casa. O desaparecimento foi percebido por volta das 16 horas.

Somente no início da madrugada, os pais de Alessandra registraram queixa na delegacia. "Fiquei procurando ela pela vizinhança. Estava com medo de registrar a queixa e ela aparecer em seguida e a polícia ficar brava com a gente", conta o pai, José Gerson Subtil, que é servente de pedreiro e divide uma pequena casa na Vila Cantagalo 2 com seus sete filhos e a esposa, Cleusa Procópio.

No início da manhã de ontem, a diretora da escola de Alessandra, Ana Regina de Paula, procurou os pais e os levou até o Conselho Tutelar, onde prestaram queixa do desaparecimento. O pai foi encaminhado até a delegacia e, quando estava no prédio, a polícia foi comunicada que o corpo havia sido encontrado. O pai recebeu a notícia apenas quando retornava para a sua casa.

O corpo de Alessandra estava em um matagal de difícil acesso e foi encontrado pelo irmão mais velho, Adriano Subtil Betim, de 18 anos. O diretor interino do IML, João Carlos Simoneti, disse à imprensa que havia hematomas e dilacerações no corpo da estudante. Foi colhido material biológico para ser analisado no IML, em Curitiba, e o resultado do laudo sairá dentro de cinco dias.

Na escola municipal Lourival Leite de Carvalho, onde Alessandra estudava, o clima é de comoção. "Ela era uma menina muito tímida e comportada em sala de aula, não dá para acreditar que isso aconteceu com ela", afirmou a diretora Ana Regina, que fechará a escola hoje por causa do enterro. A tia, Rosângela Procópio, estava muito abalada. "Toda a família está revoltada e muito triste", afirmou. O enterro está marcado para hoje, às 9 horas, no cemitério Nossa Senhora do Rosário, em Castro.

O delegado de Castro, Getúlio Vargas, não deu declarações à imprensa. A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que a polícia está trabalhando para encontrar o autor do crime. Uma equipe do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) foi a Castro para acompanhar as investigações.

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