Uma menina de dois anos morreu, por volta da 1 hora desta segunda-feira (1º), depois de sofrer um acidente em um parque de diversões em Paranaguá, no Litoral do estado. A criança havia entrado em uma área isolada de um brinquedo e foi atingida na região genital por uma cabine giratória do equipamento.
O acidente ocorreu por volta das 21 horas deste domingo (31), em um parque montado por ocasião da Festa de Nossa Senhora do Rocio. De acordo com o investigador Luiz Dias Pereira, a menina aguardava na fila de um brinquedo chamado Crazy Dance, que consiste em quatro eixos giratórios com quatro cabines, cada um. Quando o equipamento estava em funcionamento, a criança teria cruzado a porta de segurança, que separa as pessoas que aguardam na fila do espaço reservado ao brinquedo, e foi atingida por uma das cabines.
A vítima foi socorrida e encaminhada com ferimentos múltiplos ao Hospital Regional do Litoral, mas não resistiu. A Delegacia de Paranaguá instaurou inquérito policial para investigar o caso. O Instituto de Criminalística (IC) periciou o brinquedo e vai emitir um laudo, apontando se o mecanismo está de acordo com as normas de segurança.
Segundo com o delegado Rômulo Ventrella, nesta segunda-feira foram ouvidos funcionários e o diretor do parque. A polícia deve tomar o depoimento de testemunhas e dos pais da menina. "Houve negligência. Vamos apurar se esta negligência ocorreu por parte do parque, dos pais ou de ambas as partes", disse o delegado. "Vamos aferir a segurança do brinquedo e se o modo de procedimento dos funcionários quando o equipamento estava ligado era adequado", complementou.
Em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV, a mãe de menina disse que soltou a mão da filha para pegar uma câmera fotográfica. A mulher conta que a criança só conseguiu entrar na área reservada do brinquedo, porque a porta estava aberta. O gerente do parque, André Martins, disse que a porta estava fechada, mas reconheceu que qualquer pessoa poderia abri-la facilmente.
O delegado aponta que a classificação do brinquedo é para crianças a partir de cinco anos. O diretor do parque apresentou à polícia alvarás de funcionamento expedido pela prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, a Defesa Civil e a prefeitura interditaram o parque até que sejam averiguadas as situações de segurança.