O Instituto Médico Legal do Rio divulgou nesta quarta-feira (6) um laudo que aponta meningite como a causa da morte da menina Joanna Cardoso Marins, de 5 anos. Ela morreu no dia 13 de agosto. O delegado que investiga o caso, no entanto, quer explicações sobre as queimaduras que ela tinha no corpo, já que o documento, segundo ele, não esclarece o que teria provocado as lesões. Os pais de Joanna trocam acusações de maus-tratos à menina.
Joanna era alvo da disputa dos pais desde o nascimento e morreu depois de ficar quase um mês em coma. Antes, ela foi atendida e liberada num hospital na Zona Oeste, por um falso médico, que teve a prisão preventiva decretada no dia 10 de setembro e está foragido. A pediatra que o contratou foi presa.
Inquérito reaberto
O procurador-geral do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, determinou a reabertura de um inquérito policial de 2007 que investigava uma denúncia de agressão feita pela mãe de Joanna, Cristiane Marcenal, contra o pai da menina, André Marins.
Segundo o defensor público que representa Cristiane, na época da investigação o IML atestou lesões na menina como contundentes. O pai nega as acusações.
Babá diz ter visto criança amarrada
À polícia, uma babá que trabalhava na casa do pai de Joanna afirmou que a viu em condições de maus-tratos. De acordo com informações passadas pela delegacia, a funcionária disse em depoimento que encontrou a menina em um quarto, amarrada com fitas nos pés e nas mãos, suja de fezes e xixi.
De acordo com a polícia, a babá afirmou que, questionado sobre a situação da filha, o pai, André Marins, disse que era a recomendação do psiquiatra já que Joanna poderia ter uma crise de convulsão.
A babá prestou depoimento em meados de setembro. De acordo com a polícia, a funcionária disse que a menina dormia no closet do quarto de André e sua mulher, madrasta de Joanna, num colchonete que estaria sujo de fezes. Segundo a babá, as outras duas filhas de André dormiam em colchonetes no quarto deles.
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