Além da insuficiência renal e dos ciúmes da madrasta, Gabriela convivia com a falta de atenção da mãe. De acordo com duas conselheiras tutelares que acompanharam o caso da menina, Maria José Rodrigues Moreira tinha uma relação violenta com a filha. Segundo relatos delas e do pai, Maria chegou a ameaçar Gabriela de morte.
Essa ameaça ocorreu no dia 1.º de agosto, segundo a conselheira Jussara da Silva Gouveia. Um dia antes, o pedreiro Valdeci Gonçalves dos Santos havia levado a filha para ficar um tempo na casa da mãe. "Fiz isso porque estava precisando de ajuda para cuidar da Gabriela. Além disso, ela sentia falta da mãe", diz.
Jussara conta que Maria ligou desesperada para o conselho tutelar, gritando para que o pai viesse buscá-la o mais rápido possível. "A mãe disse que não suportava mais olhar para a menina, que ela a fazia lembrar do Valdeci", explica. Pouco depois, o pedreiro foi até a casa dela, no Pinheirinho.
A conselheira Fátima Barbosa revela que, na única vez em que esteve com Gonçalves dos Santos e Gabriela, percebeu que ele gostava muito da filha. Por outro lado, ficou claro que a mãe não estava disposta a prestar a ajuda mais básica que fosse à garota. "Ela tem outras duas filhas adolescentes e, além disso, alegava problemas psicológicos. Pelo que eu sei, o pai precisava de ajuda para poder trabalhar, mas ela nunca quis ajudar", afirma. Maria foi procurada para se defender da acusação, mas não atendeu o telefone. Ela esteve ontem no enterro de Gabriela, em Arapoti. (AG)
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