Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Pequeno herói

Menino de 8 anos ajuda irmã a nascer

Super-herói: “Fiquei muito feliz em poder ajudar minha mãe”, diz Robert | José Luís da da Conceição/AE
Super-herói: “Fiquei muito feliz em poder ajudar minha mãe”, diz Robert (Foto: José Luís da da Conceição/AE)

São Paulo - Eram 3 horas da madrugada quando a operadora de telemarketing Roberta Cristina Aparecida Vieira, de 27 anos, com 9 meses e 15 dias de gestação, começou a sentir as primeiras dores do parto. Ela acordou o marido, mas achou por bem esperar até o início da manhã, por causa do frio que fazia em São Paulo. Às 5h30, quando foi tomar banho para ir ao hospital, começou um sangramento e as dores pioraram. O marido, Luciano Sabino, de 28 anos, foi até um posto da Guarda Municipal a 300 metros da casa.

Roberta começou gritar de dor e acabou acordando o filho, Robert, de 8 anos. Foi sua sorte. Foi ele quem a ajudou no parto e no nascimento da irmãzinha, que nasceu com 3 quilos e 140 gramas e se chamará Lidiane. "Minha mãe falou para eu ajudar, pressionando a barriga enquanto ela fazia força. Vi quando a cabeça do bebê estava saindo e ela pediu que eu puxasse. Fiquei com um pouco de medo quando ela falou para puxar o bebê, mas minha irmãzinha saiu", contou Robert em sua casa, um sobrado em obras de ampliação para abrigar a nova integrante da família.

Com o bebê no colo, Roberta pediu para Robert ir pegar uma tesoura para que pudesse cortar o cordão umbilical. "Fiquei muito feliz em poder ajudar minha mãe", disse o menino.

Quando a ajuda chegou, o trabalho já tinha terminado. "Ficamos surpresos ao chegar na casa e ver que a criança já tinha nascido. O Robert falou ‘pode ficar tranquilo que eu já fiz o parto da minha mãe’", diz o guarda municipal Dorival Gonçalves Filho, 36 anos, 15 na corporação.

Pai de dois filhos e com a mulher grávida de 3 meses, ele se emocionou. "Meu coração encheu de alegria", conta Dorival, que junto com seu parceiro de farda Carlos Alberto de Andrade, levou a família até o Hospital Municipal de Guaianazes. Roberta e Lidiane ficaram no hospital e passam bem. Pai e filho voltaram para casa. Passaram a manhã contando o feito de Robert. "Se fosse comigo, no lugar do meu filho, não sei o que faria. Ele foi muito corajoso. Disse que quer ser policial quando crescer, porque não tem medo de nada", contou o pai, orgulhoso. Luciano disse que Robert é ativo, cursa o 3º ano do Ensino Fundamental e costuma socorrer animais, como gatos que caem do telhado e cachorros feridos. "Quando ele se machuca, ele próprio faz o curativo", afirmou.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.