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Samuel foi operado e se recupera bem | Christian Rizzi - Gazeta do Povo
Samuel foi operado e se recupera bem| Foto: Christian Rizzi - Gazeta do Povo

Polícia ainda não sabe de onde partiu o tiro que atingiu o garoto

  • Bala entrou pelo lado direito da cabeça e ficou alojada no cérebro

O menino de três anos que ficou cinco dias com uma bala alojada na cabeça deve deixar o hospital, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, no domingo (1). Samuel da Silva Souza Júnior se recupera bem e até apareceu na janela do quarto do hospital na manhã desta sexta-feira (30). O menino estava sorridente e acenou do colo da tia (veja o vídeo abaixo).

"Ele dormiu a noite inteira, hoje acordou, tomou banho e tomou mamadeira. Fizemos os exames e ele está 100%. O médico já visitou e agora ele está no quarto brincando e assistindo desenho", contou a tia do menino, Divalcir Oliveira, em entrevista ao telejornal ParanáTV 1ª edição. Segundo o médico Aramis Pedro Teixeira, que está cuidando do menino, o estado de saúde de Samuel é o melhor possível.

O garoto ficou cinco dias com a bala alojada dentro da cabeça sem que ninguém soubesse. O projétil só foi descoberto depois que a criança passou por três médicos. Samuel brincava com um amigo na frente da casa quando entrou reclamando de dores na cabeça. Com a cabeça sangrando, ele foi levado para o hospital.

A primeira médica que examinou a criança receitou analgésicos e antibióticos e mandou o menino para casa. Quatro dias depois, Samuel continuava reclamando de dores e foi levado a um posto de saúde. Outra médica atendeu e também não pediu uma radiografia.

A tia de Samuel contou que a médica não quis dar pontos no ferimento, pois segundo ela, o procedimento deveria ter sido feito no primeiro dia. Como o menino não melhorou, a família pagou por um raio X. A radiografia mostrou a bala dentro da cabeça de Samuel. O menino foi operado na terça-feira (27) e na quinta-feira (29) deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

Os vizinhos da família já foram ouvidos pela polícia, informou o ParanáTV. Até agora não se sabe de onde partiu o disparo que atingiu o garoto.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não há queixa formal da família - ou qualquer reclamação de outros usuários - contra as médicas que atenderam o garoto. A secretária, Lisete Palma de Lima, disse que uma comissão de médicos está analisando o caso e até 20 de fevereiro deve emitir um parecer apontando se houve negligência. Com base neste documento a secretaria determinará se abrirá processo de sindicância interna e se afastará os médicos envolvidos.

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