Um menino haitiano raptado em seu país é mantido em local secreto pela Justiça paulista há quatro meses. Jean (nome fictício), de 11 anos, era procurado até por organizações não-governamentais (ONGs) como a Mães da Sé após ter se perdido de uma suposta tia na Estação Corinthians-Itaquera da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), na zona leste. Quando foi localizado, descobriu-se que essa tia não tinha parentesco com ele.
Segundo a Justiça, a criança foi tirada do Haiti por traficantes de seres humanos. Ainda é apurado se os pais venderam o garoto. De acordo com o juiz da Infância e Juventude que acompanha o caso - cujo nome não será revelado -, a intenção era levar Jean para a Europa. O menino não fala português. O registro de desaparecimento é de 27 de dezembro do ano passado. A Justiça está com o garoto desde o dia 29 do mesmo mês.
"Algumas pessoas telefonaram para cá tentando obter alguma informação que pudesse indicar o paradeiro do menino", afirma o juiz, que não dá detalhes sobre as circunstâncias em que a criança foi encontrada. Ele diz que o menino foi vítima de tortura e suspeita de violência sexual. O juiz afirma também que o menino passou por outros países. Ele foi tirado do Haiti antes do terremoto que matou milhares em janeiro.
A suposta tia já foi identificada, mas está foragida. A Vara da Infância investiga se a mulher conhecia os bandidos e se desviou o menino da rota idealizada por eles. Uma das hipóteses é de que ela poderia ter tentado salvá-lo.
De acordo com o juiz, o Itamaraty e o Consulado brasileiro no Haiti foram acionados. Eles teriam encontrado a família de Jean. "Preliminarmente, as informações que temos são de que o pai e os irmãos estão bem, mas a mãe morreu no terremoto."
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