A Universidade Federal do Paraná (UFPR) aplicou ontem as últimas provas da segunda fase do seu vestibular. Ao todo, 8.795 pessoas fizeram os testes para disciplinas específicas. O resultado dos aprovados para as 4.930 vagas (em 117 cursos) deve ser divulgado até 16 de janeiro, segundo cronograma da universidade.
Nessa última etapa foram realizadas as provas de Matemática, Biologia, Química, Física, História, Filosofia, Geografia e Sociologia. No domingo, 13.764 fizeram a prova de Compreensão e Produção de Texto. A diferença no número de convocados deve-se ao fato de que alguns cursos cobram apenas a prova de Redação na segunda fase. Não compareceram 630 pessoas no primeiro e 830 no segundo dia, o que representa 6,69% e 5,72% dos convocados, respectivamente.
As provas foram aplicadas nas cidades de Curitiba, Matinhos, Palotina e Jandaia do Sul. A maior parte dos inscritos (13.165) fez a prova na capital. "A aplicação da prova foi tranquila nas duas fases", garantiu o professor Mauro Belli, coordenador do Núcleo de Concursos (NC) da UFPR. A previsão é de que hoje mesmo os malotes sejam abertos e a correção seja iniciada.
Neste ano, a instituição deixa de utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no cálculo do vestibular, mas passa a destinar 30% das vagas exclusivamente para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação. Para o reitor Zaki Akel, a aposta em manter o vestibular próprio é uma forma de "cumprimos nossa missão de atender prioritariamente aos alunos residentes no estado [do Paraná]".
Fernando Coimbra tenta uma vaga em Odontologia e achou que as dez questões de Química exigiram mais do que as dez de Biologia, outra área exigida no curso. A avaliação de Coimbra foi compartilhada nas redes sociais, onde estudantes reclamaram da dificuldade de Química. A disciplina é cobrada em seis cursos diferentes. Em Ciências Humanas, o destaque ficou com a prova de História, que na avaliação de Letícia Siqueira, 17 anos, foi mais difícil do que a de Geografia. Ela tenta uma vaga em Pedagogia.
Na prova de Compreensão e Produção de Textos, a universidade apostou em temas "clássicos", como a fome e a paz mundial. Com gêneros textuais como resumo e notícia, o estilo não variou em relação ao cobrado pela UFPR nos anos anteriores. Além disso, "as questões tiveram forte relação com as atualidades, o que é ótimo, pois privilegia o aluno que é bom leitor", na avaliação da professora de Redação Cleuza Cecato, do Colégio Bom Jesus.
A prova de Redação conta 60 pontos e cada específica 100. A primeira fase vale 80. A nota final é composta da soma desta pontuação.
