Funcionando em horário estendido nessa quinta-feira (31), o Mercado Municipal de Curitiba espera bater recordes de público no último dia do ano. Os comerciantes, que já comemoram as boas vendas das últimas duas semanas, apostam na ceia de Réveillon para começar 2016 com o caixa reforçado.
De acordo com Mario Yamasaki, presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Municipal, em semanas normais passam pelo local cerca de 60 mil pessoas; nas duas últimas semanas do ano, esse fluxo chega a dobrar. “O Mercado está bombando, temos dois estacionamentos internos e sete externos e tem gente estacionando a três quadras daqui.”
Nessa época, os produtos mais procurados são as frutas para as tradicionais simpatias da virada – uvas, romãs, cerejas e figos são as mais visadas –; o peixe, sendo o filé de salmão o carro-chefe das peixarias; os cereais, como pistaches e castanhas; o espumante e o vinho.
Para Yamasaki, cuja família está à frente do box 37 desde 1960, a clientela vai em peso ao Mercado um pouco por causa dos produtos de qualidade, um pouco por tradição. “O Mercado tem movimento o ano todo, os clientes são cativos. No fim do ano aumenta o número de pessoas que querem um produto diferenciado e variedade”, disse.
É o caso do casal Juliana e Gabriel Rengel. Listinha em punho, os dois percorriam os corredores em busca dos itens que faltavam para a ceia de Réveillon. “O Mercado Municipal é a melhor opção quando você quer encontrar um produto mais específico. Nessa época do ano, nós viemos aqui não tanto pelo preço, porque não é mais barato mesmo, mas porque preferimos encontrar tudo em um só lugar do que ter de ir a quatro ou cinco supermercados”, explicaram.
Horário especial não compensa
Apesar do bom fluxo de clientes, há quem ache que as vacas já foram mais gordas. Sue Midzuno, de uma das peixarias mais antigas do local, disse estar desapontada com as vendas dessas duas últimas semanas. “Nós ainda não fizemos um balanço, mas é só olhar para os corredores para ver que o movimento não está tão bom.”
Outro problema seria o horário estendido de atendimento, que não compensaria. “O cliente do Mercado vem no horário tradicional, não importa que as lojas fiquem abertas até dez da noite. É o costume.”