A partir da segunda quinzena de janeiro, quem passar pelo Mercado Municipal de Curitiba vai encontrar obras em vários setores. O espaço passará por uma grande reforma que deve ampliar a área interna dos atuais 13 mil para 33 mil metros quadrados. A primeira etapa da obra vai ocorrer principalmente no setor de alimentação e a duração prevista é de 14 meses. Segundo a Secretaria Municipal do Abastecimento (Smab), o mercado vai continuar funcionando durante todo o período de obras.
Para continuar atendendo ao público, alguns estabelecimentos terão de ser transferidos para locais temporários, como a área de restaurantes e lanchonetes. De acordo com o diretor da secretaria do Abastecimento, Luiz Gusi, todo o setor passará a funcionar em um barracão que será construído onde atualmente é o estacionamento do mercado. "Esse espaço temporário terá toda a infraestrutura necessária, como rede de água, luz, gás", afirma Gusi.
A mudança está prevista para maio de 2010 e os 15 restaurantes e lanchonetes serão transferidos de uma só vez. "Não seria justo transferir alguns comerciantes e deixar os outros. Todos serão realocados simultaneamente", explicou o diretor. O setor de alimentação deve ficar no espaço provisório por 10 meses.
Para o proprietário do restaurante Casa da Mamma, Gilberto Danilow, a reforma vem em boa hora. "Nosso número de clientes já é maior que a capacidade de atendimento que o mercado tem atualmente", afirma. Com a reforma, a praça de alimentação deve ganhar mais espaço. Dos atuais 700 lugares a capacidade vai aumentar para 1,2 mil.
A ampliação usará a área onde antes ficavam as salas de administração do Mercado, na Rua General Carneiro. A área será reformada e transformada em um mezanino para lanchonetes e contará com área de serviço, banheiros, caixas eletrônicos e vista panorâmica para o piso inferior, onde funcionam as bancas de frutas e hortaliças.
Simultaneamente ocorrerá a construção do prédio que será a entrada principal do Mercado, na Avenida Sete de Setembro, ao lado do local onde atualmente funciona um restaurante. No hall será construída uma arena para aulas-shows de gastronomia, com área de 2,1 mil metros quadrados.
Na parte inferior, sete lojas serão transferidas durante a reforma para possibilitar o trabalho no piso superior. No fim da obra, duas delas não voltarão ao local original, serão realocadas no novo prédio. As peixarias também passarão por obras, para ampliação do espaço de manipulação de alimentos. Segundo Gusi, não haverá necessidade de transferência. Já no setor de hortifruti não haverá mudança, pois já foi reformado em 2002. A primeira etapa da obra está orçada em 5,6 milhões e é de responsabilidade da empresa Endal.
Segunda etapa
A prefeitura ainda prepara o edital para uma segunda etapa da obra, a construção de um edifício garagem. A ideia é ter investimento privado para instalação do prédio com sete andares e 460 vagas rotativas de estacionamento. Além do estacionamento, no subsolo será construída uma área exclusiva para carga e descarga das mercadorias e vestiário com chuveiros para funcionários do mercado. O projeto está orçado em 12 milhões e o edital deve ser lançado na metade de 2010.
Por semana, circulam no mercado cerca de 50 mil pessoas. A previsão é que, em 2012, a circulação chegue a 66 mil. "A obra não será uma interferência estética, é necessária para adequar o mais tradicional espaço gastronômico da cidade ao crescimento que vem acontecendo", destacou o secretário do Abastecimento, Norberto Ortigara.
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