• Carregando...

A Mesa Diretora do Senado decidiu ontem arquivar a representação do PSol contra o senador Gim Argello (PTB-DF). Por três votos a dois e duas abstenções, a Mesa entendeu que as acusações contra Argello são anteriores à sua posse no Senado, o que impediria, na prática, que ele fosse investigado pelo Conselho de Ética da Casa. Argello é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal por suposto envolvimento em irregularidades descobertas na Operação Aquarela. Ele também é acusado de desvios da ordem de R$ 1,7 milhão na Câmara Legislativa do Distrito Federal, além de responder a denúncias de grilagem de terras e recebimento de propina.

Na Operação Aquarela, Argello surge como supostamente um dos denunciados por desvio de dinheiro do BRB (Banco de Brasília). No total, o processo reúne 390 caixas contendo livros contábeis, duas sacolas com documentos, 108 computadores, além de 62 mil ligações telefônicas.

Argello assumiu o cargo no início de julho, depois da renúncia de Joaquim Roriz (PMDB-DF), de quem era suplente. No mesmo dia em que foi empossado, o PSol encaminhou à Mesa Diretora do Senado representação contra o senador.

Recurso

O PSol já avisou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão. "A gente vai reagir não só no âmbito do Senado, como vamos ingressar com mandado de segurança no Supremo. A Mesa se arvorou da nossa representação e tomou o lugar do Conselho de Ética, o que é inaceitável", afirmou o líder do PSol na Câmara, Chico Alencar (RJ).

O partido também vai analisar um possível recurso ao plenário do Senado contra a decisão da Mesa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]