O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (21) que começará a testar a fosfoetanolamina sintética, a “pílula do câncer” em pessoas. Testes in vitro e e em animais encomendados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações não apontaram resultados satisfatórios para a substância.
Os testes em humanos começarão já na próxima segunda-feira (25) e serão conduzidos pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) na capital paulista. Em uma primeira fase, dez pacientes serão avaliados pra testar a segurança da dose. Caso não haja efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá.
Então, os testes serão feitos em 21 pessoas em cada um dos grupos de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Se houver sinais de atividade da substância, mais 20 pessoas vão serem acrescentadas em cada grupo.
Os testes seguirão desta maneira até atingir 1.000 pessoas (100 para cada tipo). Os pacientes vão ser monitorados continuamente, segundo o governo.
A droga foi desenvolvida pelo professor da USP Gilberto Chierice, atualmente aposentado. Resultados iniciais de testes conduzidos por seu grupo de pesquisa haviam apontado algum potencial antitumoral da droga. Antes de haver conclusão de qualquer teste em humanos, ela começou a ser distribuída por Chierice, que também era responsável por sua produção.
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