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TRANSPORTE

Mesmo com nova lei, Curitiba ainda terá de esperar pela ampliação dos pontos de recarga do cartão-transporte

Atualmente, 23 bancas de jornal estão credenciadas para recarregar o cartão-transporte na cidade | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Atualmente, 23 bancas de jornal estão credenciadas para recarregar o cartão-transporte na cidade (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

A Procuradoria Geral da Urbs está finalizando dois editais que prometem aperfeiçoar os mecanismos de recarga do cartão-transporte em Curitiba. Mas ainda não se sabe se as concorrências serão lançadas ainda neste ano ou se ficarão para o futuro prefeito Rafael Greca (PMN). Ao longo deste ano, a Urbs, empresa vinculada à prefeitura que controla o transporte, vinha prometendo publicar os editais que contratariam um novo sistema de bilhetagem e também ampliariam os postos de recarga até o fim do mês de novembro. Atualmente, há 23 bancas de jornal credenciadas, além de postos na Rodoferroviária. Nesta terça-feira, a Câmara dos Vereadores aprovou em segundo turno a autorização para o município terceirizar esse serviço.

A base legal para a terceirização foi aprovada na Câmara dos Vereadores nesta terça. Um substitutivo de um projeto do vereador Jairo Marcelino que previa a recarga de créditos no cartão-transporte em supermercados da cidade foi aprovado por unanimidade. Neste momento nada muda para o usuário, que pode recarregar o cartão na sede da Urbs e em outros 23 pontos da cidade. O que os vereadores aprovaram hoje foi apenas a autorização para a prefeitura credenciar pessoas jurídicas prestadoras de serviços bancários ou financeiros, além de operadoras de transações eletrônicas em estabelecimentos comerciais ou de serviços de venda e recarga de créditos eletrônicos. O texto agora aguarda a sanção do prefeito Gustavo Fruet.

Segundo a Urbs, o futuro edital de credenciamento de novos postos de recarga independe da contratação do novo sistema de bilhetagem. Apesar de esse último também prever a ampliação dos locais para venda de créditos.

A empresa da prefeitura informou, porém, que já está certo que os futuros credenciados deverão implantar esses novos pontos de recarga próximos a regiões de terminais e no Centro e que, atendendo a um mínimo que será previsto no edital, eles poderão expandir o serviço para outros endereços. Outra certeza é de que modelo será diferente do atual. As bancas de jornal já credenciadas atuam com máquinas de recarga cedidas pela Urbs. No novo modelo, o credenciado terá de operar seu próprio equipamento.

Quando assumiu a prefeitura, Fruet encontrou um sistema de bilhetagem com apenas um ponto de recarga físico. À época, os usuários já podiam recargar o cartão pela internet. Mas os créditos nessa modalidade ficam válidos apenas após a compensação bancária. A ampliação para 23 postos com o credenciamento das bancas de jornal, portanto, foi uma conquista recente que ajudou o município a elevar o porcentual de pagamento com cartão de 50% para 62%. Mas o sistema curitibano ainda está longe da capilaridade atingida por municípios como São Paulo, que tem mais de dez mil pontos de recarga do Bilhete Único.

Bilhetagem

Além de ampliar os postos de recarga, a prefeitura pretende licitar a prestação do serviço de bilhetagem. O entendimento atual é de que o ideal é contratar o serviço e não a compra dos equipamentos. Dessa forma, se houver modernização, por exemplo, o sistema pode ser trocado sem novos custos para o município.

A ideia com o novo edital é modernizar o sistema de bilhetagem da capital, levando a biometria facial para os veículos e tubos que ainda não tem essa tecnologia. Hoje, há 270 validadores na cidade que contam com esse recurso porque a empresa de tecnologia os cedeu sem custos à prefeitura. Atualmente, Curitiba detém os validadores e as empresas de ônibus pagam a manutenção à Dataprom com recursos provisionados na tarifa do transporte coletivo. O custo gira em torno de R$ 435 mil por mês para 1.650 validadores.

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica vai além de permitir o pagamento da tarifa com cartão. Ele possibilita, por exemplo, o controle da frota, dos horários e da velocidade e também sobre o número de passageiros pagantes e isentos. Sem esses equipamentos também não é possível ter comunicação entre motoristas e o Centro de Controle Operacional.

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