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Mesmo estando preso há mais de uma semana na cadeia pública de Ubiratã, o vereador Márcio Fernando Calderari (PFL), foi reeleito, por mais dois anos, na última sessão da Câmara, na terça-feira como presidente do Poder Legislativo de Campina da Lagoa. A distância entre Campina da Lagoa e Ubiratã, onde o vereador está preso é de 34 quilômetros. Apesar de não estar presente na sessão que o reelegeu, o vereador conseguiu derrotar por cinco votos a favor e três contrários, o candidato a Mesa Executiva e vice-presidente, Alceu Manoel Gobbi (PFL).

A ‘façanha’ da reeleição segundo o diretor da Câmara, Maurino Pereira, está relacionada à ‘bondade’ do vereador. "Ele é muito bom e só está preso por que foi acusado de agressão por um ‘insano mental’", ironiza Pereira. Segundo ele, Calderari foi preso porque testemunhas alegaram que foram coagidas e agredidas pelo vereador. "Por isso o Ministério Público pediu a prisão dele, mas acredito ‘piamente’ na sua inocência. Ele já está se defendendo dessas acusações absurdas".

Calderari já havia sido preso no inicio de setembro na operação da Polícia Federal ‘Campo Fértil’ com outras pessoas acusadas de participar de um esquema que aplicava golpes em beneficiários do INSS. O vereador foi encaminhado a Policia Federal em Cascavel onde passou cinco dias detido. "Ele ‘mexia’ com aposentadorias, fazia ‘acordos’ com os beneficiários e se a pessoa pudesse dar uma restituição ao vereador, ele aceitava, não cobrava de ninguém", explica Pereira. Com a prisão do presidente reeleito quem assume é o vereador e vice-presidente, Alceu Manoel Gobby (PFL). "Aqui está tudo em ordem e os trabalhos estão transcorrendo normalmente", diz Pereira. No Ministério Público os funcionários informaram que o caso do vereador corre em segredo de Justiça. "Não podemos dar nenhuma informação. O juiz achou melhor decretar segredo de Justiça", disse a escrivã Cristiane Ângela Vilela.

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