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Justiça

Mesmo sob irritação, júri do caso Zanella é adiado

O julgamento de quatro policiais acusados de envolvimento no Caso Zanella, que deveria ocorrer ontem, na 1.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, foi adiado para o próximo dia 12. O juiz Ronaldo Sansone Guerra aceitou os pedidos de protelamento dos advogados do delegado Maurício Bittencourt Fowler, do superintendente Daniel Santiago Cortes e do escrivão Carlos Henrique Dias. Os motivos alegados pelos réus foram doença e mudança de advogados.

Francisco José Batista da Costa, que também seria julgado ontem, conseguiu liminar do Tribunal de Justiça (TJ). A autorização do TJ suspende o julgamento de Costa por tempo indeterminado. A sessão da próxima semana julgará apenas os outros três acusados de ocultar provas e forjar acusação de tráfico.

O estudante Rafael Rodrigo Zanella foi morto em 1997, em Curitiba, com um tiro na cabeça disparado pelo informante da polícia Deni Schimidt, que foi condenado a 21 anos de prisão. O fato ocorreu durante uma abordagem policial. Para justificar a morte, os agentes forjaram provas contra a vítima.

Ao acompanhar os acontecimentos de ontem, a mãe da vítima, Elizabetha Zanella, ficou insatisfeita. "Eles (os advogados) já tiveram dez anos para usar todas as estratégias possíveis", reclamou. Apesar da decisão favorável aos réus, o juiz também se irritou com o protelamento. "Às vezes tenho vergonha de ser juiz pela morosidade do Judiciário. Eu nem conheço o processo porque estou só substituindo o juiz titular, mas meu interesse sempre é fazer o júri", comentou.

Os comentários de Guerra não agradaram os representantes dos réus. O advogado Cláudio Dalledone, que foi enviado ao júri por Maurício Fowler, alegou que pedirá um posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em relação às declarações do juiz.

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