Quase metade das espécies e subespécies de macacos no mundo está ameaçada de extinção, segundo a nova "lista vermelha" da União Mundial para a Natureza (IUCN). No Brasil, país com a maior biodiversidade de primatas do planeta, 37 espécies correm risco de desaparecer, comparado a 23 em 2007, segundo informações da organização Conservação Internacional, que assessora a elaboração da lista.
Isso representa 34% das 110 espécies de primatas descritas até agora no País. Incluindo as subespécies (variações regionais de espécies maiores), o número chega a 43, comparado a 28 na lista de 2007. A lista de ameaça é dividida em três categorias: criticamente em perigo, em perigo e vulnerável. Em comparação com 2007, cinco espécies brasileiras pioraram e quatro melhoraram de situação. Um dos beneficiados foi o mico-leão-preto, que passou de "criticamente em perigo" para "em perigo" - o mesmo que aconteceu com sua espécie irmã, o mico-leão-dourado, em 2003. Ambas são espécies da mata atlântica. O mico-leão-preto só existe no interior do Estado de São Paulo, entre os Rios Paranapanema e Tietê.
Segundo o diretor científico do Instituto de Pesquisas Ecológica (Ipê), Claudio Padua, que trabalha com a espécie há 20 anos, a melhoria deve-se a uma somatória de ações conservacionistas. Entre elas, a criação da Estação Ecológica Mico-Leão-Preto, em 2002. Vinte anos atrás, eram conhecidos só 100 indivíduos da espécie. Atualmente, são 1.200. "Demos o primeiro passo, que foi o mais difícil", disse Padua. "Estou esperançoso "
No cenário global, 634 espécies e subespécies de primatas estão ameaçadas. A região mais crítica é a Ásia, onde 70% dos macacos correm risco de extinção, segundo a IUCN.
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