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Pesquisa da organização não-governamental Safernet revela que metade dos jovens internautas brasileiros já acessou conteúdo impróprio na internet. Nove entre dez não têm restrições de acesso, 64% têm computador com internet no quarto, 72% não têm receio de expor a vida pessoal na web e quase um terço já teve encontros com amigos que conheceram em salas de bate-papo. Sete entre dez expõem sem receio a vida pessoal, por meio de sites de relacionamento como Orkut e MSN. Uma forma de prevenção seria restringir certos sites através de ferramentas disponíveis nos principais browsers (Internet Explorer, Firefox, Google Chrome).

A Safernet recebe diariamente em sua página na internet 2,5 mil queixas de pedofilia, racismo, homofobia, intolerância religiosa, entre outros crimes na web. Junto com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e a Polícia Federal, a ONG lançou no ano passado uma central unificada de denúncias de crimes virtuais contra os direitos humanos. A Safernet passa também a centralizar, processar e monitorar queixas de delitos cibernéticos recebidos pelo Disque 100 do governo federal. De cada dez denúncias recebidas, seis são de abusos contra crianças e adolescentes.

A central já tem evitado o duplo registro da mesma ocorrência, pois um delito pode ser denunciado por mais de um internauta. Com a depuração, são 400 casos novos por dia. Diariamente, seis técnicos da PF analisam as denúncias recebidas pelo site. A central permite agilizar o trabalho e descentralizar os casos pelo país para dar início às investigações. Os agentes têm agora acesso imediato ao banco de dados para apurar as denúncias. Essa hotline aprimora as ações da PF na busca dos criminosos e diminuirá o tempo de permanência das páginas na internet. A polícia poderá acompanhar desde a denúncia à remoção do conteúdo impróprio no provedor.

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