Algumas das metas previstas pelo Plano Estadual de Educação (PEE) tratam da valorização dos educadores. Estabelecem, por exemplo, que os professores do magistério deverão ter os rendimentos equiparados a profissionais com escolaridade equivalente. Os docentes também deverão ter um plano de carreira aprovado em dois anos.

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Na avaliação de quem participou das discussões do PEE, esses objetivos tornam mais evidentes a necessidade de se ampliar os repasses à educação. Não há estudos sobre o impacto financeiro em que a implantação das medidas acarretariam. Estima-se que a defasagem dos vencimentos dos professores do magistério seja de 50%, em comparação a outras carreiras do Executivo.

“Essas metas serão obrigações que o governo do estado assume. Como a disparidade [salarial] é grande, é urgente que a previsão orçamentária esteja bem definida”, diz o deputado Professor Lemos.

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Para a APP-Sindicato, as discussões sobre valorização dos professores ganham mais corpo diante da atual conjuntura. A rede estadual de educação vive uma greve sem precedentes, afetando um milhão de estudantes. Os professores reivindicam reposição salarial de 8,1% (a inflação do período), enquanto o governo oferece 5%. Paralelamente, universidades estaduais também pararam e já tiveram seu calendário afetado.

“Se o governo diz que não tem dinheiro sequer para repor a inflação, como vai fazer para cumprir essas metas? Sem mais dinheiro, não tem mágica”, diz Antonio Carlos Frutuoso, da APP-Sindicato.