O projeto do metrô de Curitiba deverá custar mais de R$ 3 bilhões pelo menos 28% a mais do que o previsto pela gestão do ex-prefeito Luciano Ducci. A nova estimativa foi apresentada ontem, pelo secretário municipal de Gestão e Planejamento, Fábio Scatolin, durante simpósio organizado pelo CREA-PR. Para bancar o custo adicional, a administração do prefeito Gustavo Fruet não nega que poderá buscar novos recursos federais para a obra.
"O preço será algo próximo da Linha Lilás de São Paulo. Estamos estimando algo em torno de R$ 3 bilhões para a primeira fase. Mas não tenho dados precisos ainda, pois isso é o mercado quem vai dizer", afirmou Scatolin.
A primeira fase do projeto do metrô de Curitiba, que ligaria o CIC Sul à futura Estação Rua das Flores, estava orçada em 2,34 bilhões. Esse valor será dividido entre os governos federal e estadual (R$ 1 bilhão e R$ 300 milhões), prefeitura (R$ 82 milhões) e iniciativa privada (R$ 949 milhões). O acréscimo estimado pela prefeitura poderá ser buscado junto ao governo federal.
"Após os protestos, houve o anúncio da presidente de mais investimentos em mobilidade urbana. Não posso afirmar onde especificamente esse dinheiro será utilizado, mas o prefeito está atento e esperamos algo para projetos de metrô", afirmou o secretário.
O novo custo ainda será confirmado pela Comissão de Revisão do Projeto do Metrô de Curitiba, que receberá até o próximo dia 12 de agosto Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) instrumento é previsto pela Lei de Parceria Público Privada (PPP) e pelo qual as empresas manifestarão desejo em participar da concorrência.
Até o momento, nenhum projeto foi apresentado. Scatolin garante que isso não é um problema. "A ideia é receber ao final, não no meio do caminho. Quero, pelo menos, um projeto, que precisará ser bem feito para nos capacitarmos em direção à licitação", afirmou.