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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) publicou na terça-feira decreto que declara de utilidade pública 406 imóveis para a construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. O ramal ligará a Brasilândia, na zona norte, ao centro. Ao todo, uma área de 407 4 mil metros quadrados - equivalente a quase 58 campos como o do Estádio do Pacaembu - poderá ser desapropriada, "por via amigável ou judicial". As ações de desapropriação devem ter início no segundo semestre.

Pontos de Freguesia do Ó, na zona norte, Lapa e Perdizes, na zona oeste, e Higienópolis e Bela Vista, no centro, serão afetados. Proprietários ouvidos pela reportagem relataram terem sido surpreendidos. É o caso do empresário Lúcio Sallowicz Filho de 48 anos, que abriu, no sábado, um posto de gasolina cujo terreno será utilizado para a construção da Estação Perdizes, na esquina da Avenida Sumaré com a Rua Apiacás.

Maria Cecília Martino, coordenadora de atendimento à comunidade do Metrô, disse ontem que pretende, até a semana que vem, começar a distribuir as cartas para os proprietários, inquilinos e comerciantes afetados pelas desapropriações. Os imóveis também passarão por perícia judicial.

A maioria - 214 - dos imóveis declarados de utilidade pública ontem é residencial. Os comerciais somam 140 e os terrenos baldios, 52. A Companhia do Metropolitano de São Paulo foi questionada pela reportagem, mas não informou se novos decretos devem ser publicados para incluir mais imóveis na lista. No caso do monotrilho da Linha 17-Ouro, que está em construção na zona sul, três lotes já foram publicados, somando 161 propriedades. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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