Em três semanas, qualquer pessoa poderá comprar um cartão-transporte e recarregá-lo em bancas de jornais. Além do cartão de usuário, que exige o cadastro, um modelo chamado avulso estará disponível, ao custo de R$ 3, para turistas e usuários ocasionais do sistema. A mudança faz parte de um pacote de melhorias no sistema de bilhetagem eletrônica da Rede Integrada de Transporte (RIT) anunciado pela Urbs ontem.
A medida também resolve uma determinação da Justiça do Trabalho que veda a dupla função do motorista-cobrador em micro-ônibus. A partir de 1.º de agosto, com a ampliação dos pontos de venda e recarga, só os usuários que tiverem cartão entram em 62 linhas de alimentadores.
Prevendo um possível aumento na demanda por cartões, a Urbs anunciou três postos volantes e atendimento aos sábados nos locais que já confeccionam o bilhete. Na próxima semana, o órgão divulgará quais os 23 postos de venda que terão os cartões avulsos a partir de 1.º de agosto. A ideia, explica o presidente do órgão, Roberto Gregório da Silva Junior, é utilizar as bancas de jornais e revistas, que são permissionários da prefeitura, para capilarizar esse sistema.
De acordo com Gregório, desde 2013 uma comissão interna avalia as funcionalidades do cartão-transporte, que é usado por 1,1 milhão de pessoas, cerca de 55% do total de usuários do transporte coletivo. "Ficou claro e evidente que era preciso um processo de ampliação dos pontos de venda e da opção avulsa, para oferecer mais comodidade ao usuário", explica. O início modesto é para avaliar a necessidade de possíveis ajustes, mas a Urbs já mira em outros benefícios que serão atingidos com a medida.
"A gente vai dispensar investimentos que seriam necessários para adaptar ônibus e reduziremos custos operacionais", diz. A Urbs estimou que a adaptação dos 150 ônibus que operam sem cobrador custaria até R$ 2 milhões, para a colocação de catracas e postos de trabalho para os cobradores, além de um gasto mensal de R$ 1,5 milhão com salários.
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Um cartão avulso também estará disponível para usuários ocasionais a partir de 1.º de agosto. Diferente do cartão-transporte tradicional, que é gratuito, este será vendido por R$ 3 e poderá armazenar até 25 créditos (no dispositivo normal são até 220 créditos). O avulso também não poderá ser bloqueado em caso de extravio ou roubo. Até o fim do ano, será implantado uma terceira modalidade ainda não detalhada: um cartão-transporte pré-pago.
Para todos os usuários, outra mudança é referente à tarifa domingueira. Se hoje é preciso pagar o R$ 1,50 em dinheiro, a nova programação vai permitir que o valor descontado do cartão no domingo seja o promocional, e não mais a tarifa cheia.
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