O brasileiro Tiago Lira, 20 anos, foi detido nesta sexta-feira em Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná, durante operação do serviço de migração no comércio de importados.
Segundo os fiscais, o rapaz estava portando uma carteira de migração paraguaia falsa. No entanto, ele disse à reportagem da Gazeta do Povo, que adquiriu o documento de forma legal. "Como vou saber? Paguei US$ 500,00. Eu fiz a carteira para ficar com a consciência tranqüila", contou.
Até o final da tarde desta sexta, Lira ainda continuava detido na Polícia Nacional. Ele integra um contingente de brasileiros, a maior parte com idade entre 18 e 30 anos, que trabalha em lojas de informática no Paraguai por falta de opção de emprego em Foz do Iguaçu.
O assessor jurídico da Prefeitura de Ciudad Del Este, Edgar Rocha, diz que Lira responderá processo por falsidade ideológica e poderá deixar a prisão conforme decisão da Justiça paraguaia.
Segundo Rocha, na próxima semana os fiscais irão aos endereços indicados por funcionários das lojas para checar se realmente eles moram no Paraguai. Caso isso não seja comprovado, eles poderão ser expulsos do país e as lojas multadas e fechadas. Para poder trabalhar nas lojas, os brasileiros precisam ter documento paraguaio e morar em Ciudad Del Este.
A fiscalização, iniciada na quarta-feira, percorreu nesta sexta-feira o Shopping Lai-Lai, onde há concentração de lojas de eletrônicos e informática. A maior parte prefere funcionários brasileiros pela facilidade de comunicação com os clientes, cuja maioria também vem do Brasil.
Integram a equipe de fiscalização representantes do Ministério Público, prefeitura, serviço de migrações, polícia nacional e taxistas de Ciudad Del Este.
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