Cerca de mil pessoas resistiram à chuva e ao frio e participaram dos protestos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, na noite desta quinta-feira (20). O movimento foi pacífico e nenhum incidente foi registrado. Os manifestantes gritaram palavras de ordem pela redução no preço da passagem de ônibus intramunicipal, pela punição à vereadora Ana Maria de Holleben (PT), suspeita de autossequestro, pela redução no número de vereadores em Ponta Grossa e pela não aprovação da PEC 37, que tira poderes do Ministério Público.

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O protesto durou três horas e não teve a participação esperada pela organização – cerca de cinco mil pessoas – devido à chuva, que caiu durante toda a manifestação. Além de cartazes escritos à mão com palavras de ordem, os participantes levavam guarda-chuvas e capas para se protegerem do mau tempo.

Depois da concentração ao lado do terminal central de transporte coletivo, os manifestantes entraram no interior do terminal e impediram a entrada e a saída dos ônibus. Depois de pedir pela redução da tarifa, eles seguiram a pé até a Prefeitura, onde gritaram palavras de ordem contra o prefeito Marcelo Rangel (MD).

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O protesto terminou em frente à Câmara Municipal, onde o presidente do Legislativo, Aliel Machado (PC do B), tentou conversar com os manifestantes, mas foi interrompido com xingamentos.

A Polícia Militar fechou as ruas próximas por onde os manifestantes passaram e a Guarda Municipal fez um paredão de policiais em frente ao prédio da Prefeitura e da Câmara. O secretário municipal de Segurança, Ary Lovato, pediu calma aos manifestantes, que em todo momento pediam aos participantes que não usassem de violência. Este foi o segundo protesto em Ponta Grossa. O primeiro foi registrado na noite de segunda-feira (17), quando os manifestantes ficaram apenas em frente ao terminal de ônibus. O próximo manifesto está agendado para segunda-feira (24) em frente à Câmara Municipal, onde será votado o arquivamento do pedido de cassação do mandato da vereadora Ana Maria, que é acusada de simular o próprio sequestro para não participar da eleição da Mesa Executiva em janeiro.