Alunos do Colégio Estadual Erasmo Dias, localizada em São Luís, capital do Maranhão, foram assediados por militantes da União da Juventude Socialista (UJS) a votarem contra o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição neste ano. Foi uma ação de ativismo para persuadir jovens que já têm 16 anos ou que completarão a idade de voto até o primeiro turno das eleições a se posicionar contra Bolsonaro.
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Os ativistas entregaram aos alunos materiais impressos e adesivos com críticas ao presidente. Os estudantes foram convidados a fixar em seus uniformes adesivos com frases como “Fora Bolsonaro” e “Tire o título, tire Bolsonaro”, além de logotipos da UJS e outras referências a bandeiras defendidas pelo grupo.
Segundo relato de um aluno que gravou o momento em que os estudantes da escola haviam acabado de receber os materiais (veja o vídeo), os ativistas chegaram a entrar dentro da sala de aula para abordar os adolescentes.
Em postagem recente nas redes sociais, o núcleo maranhense do movimento publicou uma foto dentro de outra escola estadual com a legenda: “A todo vapor nas escolas do Maranhão inteiro. Hoje a nossa turma esteve mais uma vez passando nas escolas conscientizando o jovem de votar e organizando a emissão de títulos. Bora que só assim Bolsonaro cai”.
As ações fazem parte de uma campanha criada pelo movimento na qual ativistas percorrem escolas em todo o Brasil para assediar os alunos. Os militantes alegam estar apenas explicando sobre a importância do voto, e, como consequência, apenas em parte dos casos a direção das escolas nega sua entrada.
A reportagem não conseguiu contato com a direção da escola Erasmo Dias. Já a secretaria estadual de Educação do Maranhão enviou a seguinte nota à Gazeta do Povo: “A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que a distribuição de botons em escolas da Rede não faz parte da política educacional do órgão. Ressalta, ainda, que ações educativas de incentivo à emissão de títulos são realizadas por organismos externos, como Justiça Eleitoral e entidades representativas dos estudantes, sem relação com a Seduc”.
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