Desde a noite de quinta-feira da semana passada, soldados e oficiais do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado de Francisco Beltrão, no Sudoeste, estão em uma verdadeira operação de guerra para tentar localizar um fuzil 7.62, roubado por dois bandidos que renderam um soldado que estava de plantão em uma guarita. A arma, que pode atingir o alvo até 600 metros de distância, estava carregada quando foi levada.
O soldado, que ingressou no Exército Brasileiro há apenas um mês, relatou ao comando que foi chamado pelos dois rapazes e ao atender teve uma arma apontada para a cabeça. Ele relatou que os bandidos exigiram o fuzil que foi repassado por cima do muro.
Um inquérito policial militar foi instaurado para investigar o caso. O soldado que entregou a arma é um dos investigados. De acordo com o capitão Gustavo Daniel Coutinho Nascimento, comandante do esquadrão, o inquérito será concluído dentro de 40 dias. O Ministério Público Militar também acompanha o caso.O capitão relatou que 15 minutos após o roubo o batalhão estava mobilizado e fechou todas as saídas da cidade com apoio das polícias Civil e Militar. Desde então, 120 militares realizam buscas. "Enquanto não aparecer o fuzil, não vamos sair das ruas. Não vai ter semana santa, nem Páscoa", afirmou Nascimento.
Carros, caminhões e até ambulâncias do Exército participam das buscas.O oficial diz acreditar que a arma ainda esteja na cidade, escondida em algum lugar, mas não descarta a possibilidade de que o roubo tenha sido premeditado por facções criminosas de grandes centros do Brasil. "Não descartamos nenhuma possibilidade", afirma. Esconderijo
Durante as buscas, os militares encontraram em meio a uma mata um esconderijo subterrâneo possivelmente utilizado por bandidos que agem na região. O refúgio possui dois metros de profundidade por cinco de comprimento e estava coberto por lona plástica e galhos de árvores para camuflar o local. Dentro havia um sofá e restos de comida. "Ou era para usar como cativeiro de pessoas sequestradas ou para esconder armas e drogas", avalia o comandante.
O comando da unidade militar deixou dois telefones para que a população possa fazer denúncias sobre o possível esconderijo do fuzil e dos bandidos que praticaram o roubo. Os números são (46) 3524-5453 ou (46) 3523-4441.