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Tucanos passaram a se preocupar com algumas "bombas-relógio" plantadas pela oposição no Congresso que podem estourar no colo de Geraldo Alckmin caso ele consiga reverter a vantagem de Lula.

O problema imediato é o de reajuste de 16% para os aposentados, que o PFL faz questão de tentar manter na nova medida provisória enviada pelo Planalto.

"Isso não pode ser votado de maneira nenhuma", diz um tucano próximo ao presidenciável.

Outra candidata ao limbo em caso de vitória do PSDB é a CPI das ONGs, arquitetada pelo pefelista Heráclito Fortes (PI).

"É coisa de maluco achar que é possível tomar posse com uma CPI no cangote", diz o mesmo tucano.

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Calculadora – Do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que se nega a discutir a possibilidade de o partido recuar na defesa do reajuste de 16% para os aposentados: "Se Alckmin ganhar a eleição, é bom arrumar os R$ 7 bilhões para pagá-los. Afinal, se comprometeu com isso".

INSS – Coordenadores da campanha tucana reclamam do congestionamento de políticos derrotados no comitê de Brasília. O lugar, que vivia às moscas no primeiro turno, agora assiste ao desfile diário de súbitos aliados que se dizem loucos para "ajudar". Prova dos nove – Tucanos encomendaram pesquisa no Rio para avaliar o estrago do apoio recebido de Garotinho. A pergunta era: "Qual é o principal aliado de Alckmin no Rio?" Só 7% disseram que era o prefeito César Maia (PFL). Já o ex-governador é um dos primeiros da lista. Pelas beiradas – Enquanto os caciques tentam promover a paz com César Maia, Alckmin deve cumprir agenda na Baixada Fluminense com o ex-prefeito José Camilo Zito (PSDB), que se mantém neutro na disputa entre Sérgio Cabral e Denise Frossard. Retroativo – Do deputado federal eleito André Vargas (PT-PR), sobre a licença do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), para se dedicar à campanha de Alckmin. "Falta devolver o salário dos três meses de abandono da prefeitura no primeiro turno".

Outros votos – Um dos dois únicos senadores eleitos pelo PT, Tião Viana (AC) já está em campanha aberta para ser líder do governo a partir do ano que vem em caso de vitória de Lula. O governador Jorge Viana (AC) tem telefonado para os colegas de Casa do irmão. Canja – O clima no Senado é de complacência com o Ney Suassuna (PB). Governistas alegam que o peemedebista não se reelegeu, e que o relatório de Jefferson Péres (PDT) fala só em omissão no caso dos sanguessugas. Logo, seria "pena exagerada" deixá-lo inelegível por oito anos. Paliativo – Excluído dos acordos para fusões partidárias, o PSol negocia a formação de um bloco parlamentar com o PV para escapar de parte das restrições da cláusula de barreira. A parceria dá direito a estrutura de liderança e participação em comissões. Bons companheiros – Ao lado do deputado Renildo Calheiros (PE), o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (SP), atuou diretamente para que o PC do B do Maranhão apoiasse Roseana Sarney (PFL). Fatia do bolo – Com a ampla vantagem de Yeda Crusius nas pesquisas, aliados já falam em divisão de cargos no governo gaúcho. O PP, uma das maiores forças políticas no Rio Grande do Sul, deve comandar a pasta da Agricultura em caso de vitória da tucana. Cartada – Olívio Dutra conseguiu confirmar a presença 201 prefeitos e vice-prefeitos para um evento suprapartidário de apoio à sua candidatura hoje. As adesões são a principal esperança do petista para tentar reverter a vantagem de Yeda na sucessão gaúcha.

TIROTEIO

* Do economista Raul Velloso sobre o melindre dos postulantes ao Planalto em falar abertamente de ajuste fiscal a partir de 2007:

– O modelo de crescimento econômico está subordinado ao gasto público. Apesar de todos os discursos de campanha, o Brasil não vai crescer sem que sejam feitos os devidos cortes.

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