O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou que o Brasil vai assumir metas de redução das emissões de CO2 durante a reunião da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro. "Está definido que haverá (metas). Isso é mais um avanço das discussões que estão tendo nossas equipes técnicas e vamos chegar a um número. O Brasil terá metas, mas naturalmente cobrará recursos, parcerias tecnológicas", afirmou Minc, depois de palestra na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro.
As metas ainda serão definidas pelas equipes técnicas do chamado G-3, que inclui os ministérios do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e Itamaraty. "Primeiro foi uma queda de braço para a gente fazer um plano com metas voluntárias e internas, porque antes não tinha nem isso. Depois criamos o G-3 e estamos avançando mais. O Brasil já aceitou o parâmetro de não mais de 2 graus de elevação (da temperatura) até o final do século e não mais do que 450 ppms (partes por milhão) de CO2 na atmosfera", disse.
Para Minc, o Brasil está "lentamente avançando", não somente na modificação da posição de ter meta, mas também no tema em si. Os países ricos têm pressionado os emergentes a se comprometer com as metas internacionais para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. O ministro anunciou ainda que esta semana será apresentado um inventário das emissões de CO2 nos setores de energia, indústria e transportes de 1994 para 2007. Segundo Minc, houve aumento nessas áreas, mas, por outro lado, este ano será registrado o menor desmatamento dos últimos 20 anos.
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