O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu nesta sexta-feira (17),em Curitiba, medidas conjuntas para combater o desmatamento e a perda da biodiversidade. Devem ser combinadas ações de repressão com a valoração da floresta em pé, disse o ministro, justificando o apoio do governo federal ao projeto de implementação da Certificação Life.
"As operações de fiscalização são necessárias, vão continuar, mas sozinhas não funcionam, são insuficientes. Tem que haver mudança de conceitos, valores, critérios e existem muitas iniciativas de boas práticas ambientais. Essa é uma delas disse o ministro ao participar do lançamento do projeto.
O Certificado Life é uma ferramenta que vai reconhecer , medir e classificar ações que as empresas adotarem em prol da conservação da biodiversidade. "O Brasil está sendo pioneiro em valorizar as empresas que não agredirem e cuidarem da biodiversidade. Nos vamos levar isso para a Conferência da Biodiversidade, no Japão, no ano que vem," disse ele.
De acordo com Minc, o ministério resolveu apoiar o projeto através da Secretaria Nacional de Biodiversidade, por entender que essa responsabilidade é de todos e não só do gestor público. Deverão participar empresas que além de cumprir leis ambientais, querem mostrar ao mercado competitivo que ajudam a preservar os biomas e os corredores de biodiversidade e fazem isso porque é bom, porque estão criando uma marca e pensando no futuro.
Após o lançamento, Minc disse que as operações de fiscalização vão continuar em todo o país. Citou algumas realizadas recentemente, entre elas a Operação Angustifolia, desencadeada no Paraná, pelo Ibama e Polícia Federal. "Flagramos a retirada diária de 40 caminhões com essa madeira, sabemos que ainda insistem com o desmatamento, que estão sendo retirados uns 5 caminhões mas estamos atentos".
Segundo o ministro, todos os biomas brasileiros estão sendo monitorados e na primeira revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, em maio de 2010, serão cumpridas metas de redução do desmatamento na Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado, Catinga e Amazonas. Este ano, o desmatamento na Amazônia será o menor dos últimos 20 anos e para a Mata Atlântica a meta é dobrar a área preservada nos próximos 20 anos, criando novos corredores e combatendo o crime ambiental garantiu.
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