Por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo vai liberar o plantio de cana-de-açúcar e a instalação de usinas de álcool em áreas do Pantanal. A proibição do avanço da cana na região foi uma das principais bandeiras da ex-ministra Marina Silva. Com sua saída, os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente) e Reinhold Stephanes (Agricultura) fecharam um acordo duramente criticado por ambientalistas.
A notícia da liberação irritou dirigentes de ONGs ambientalistas, que elevaram o tom das críticas a Minc e chegaram a pedir sua saída do governo. O ministro rebateu os ataques e classificou os protestos de "gritaria, infantilismo e ecodemagogia".
Minc é aplaudido por bancada ruralistaNuma cena incomum, Minc foi aplaudido por parlamentares da bancada ruralista ao encerrar sua participação numa audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara, na última quarta-feira. Minutos antes, ele havia anunciado a decisão de rever o decreto presidencial que havia endurecido, há um mês, as penas por crimes ambientais.
No dia anterior, Minc já havia provocado polêmica ao fechar acordo com o ministro Reinhold Stephanes, para permitir que os produtores que desmataram além da reserva legal compensem o dano fora dos limites de sua propriedade, contanto que a área escolhida fique no mesmo bioma.
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