Ação conjunta do Ministério Público Federal (MPF), Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério do Meio Ambiente pretende abrir processos contra os cem maiores desmatadores do País a partir da próxima semana. "É a forma que temos de acabar com a impunidade de quem derruba a Floresta Amazônica", disse nesta quarta-feira (24) o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Para abrir as ações, foi montada uma força-tarefa entre a AGU, o MP e o Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Com a parceria, a AGU e o Ministério Público vão tornar as ações mais ágeis. Os desmatadores terão de pagar pelo crime que cometeram. Espero que sejam condenados a plantar árvores até o fim da vida", afirmou Minc.
O ministro anunciou ainda que serão feitos de seis a oito novos portais de controle para evitar o escoamento da madeira retirada ilegalmente da Floresta Amazônica. Hoje existem dois, um na BR-364, que liga Porto Velho a Rio Branco, e outro na BR-163, entre Santarém e Cuiabá. Agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuam nestes portais.
De acordo com Minc, desde que eles foram criados, os contrabandistas passaram para a defensiva, a ponto de pressionar governadores e prefeitos a pedir ao Meio Ambiente que afrouxe as medidas. "Não serão afrouxadas. Serão intensificadas", disse o ministro.
Arco de Fogo
Minc anunciou ainda mudanças na Operação Arco de Fogo, formada por agentes do Ibama, da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional de Segurança (FNS) para fiscalizar a extração de madeira na Amazônia Legal. A intenção é aumentar a vigilância, ao mesmo tempo em que empresários que hoje atuam na ilegalidade serão chamados a mudar de ramo, de forma a atuar em áreas legais que possam criar empregos perdidos com o fechamento de madeireiras.
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