Pelo menos a metade dos 916 trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) vinculados à Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) trabalhava normalmente na manhã desta terça-feira (20), de acordo com balanço do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR). A medida cumpre uma determinação da Justiça do Trabalho expedida nesta segunda (19). Ainda assim, de acordo com a assessoria de imprensa do HC, o número não é suficiente para garantir o funcionamento total do hospital nesta manhã.
Apesar de o sindicato ter afirmado que, mesmo com efetivo reduzido, todos os setores do HC voltaram a funcionar nesta terça, o Hospital informa que o impacto deste segundo dia de greve é semelhante ao registrado nesta segunda-feira: a central de agendamento de consultas continua fechada, ambulatórios seguem sem secretários e os setores de coleta também estão sem atividade. No primeiro dia de greve dos trabalhadores contratados, a adesão já tinha sido menor do que 50%. Por isso a situação deve ser semelhante a segunda-feira, caso a paralisação prossiga, com atendimento parcial em alguns setores.
Da mesma maneira, a paralisação impede o uso de 45 dos 411 leitos ativos do HC, e mantém apenas três das nove salas de cirurgia em funcionamento.
Por volta das 8h15, os funcionários da Funpar estavam reunidos em assembleia para discutir as propostas levantadas durante a audiência desta segunda na Justiça do Trabalho. A expectativa é de que, conforme o que for decidido pelos trabalhadores, o cenários de atendimento no HC possa mudar nas próximas horas.
De acordo com o Sinditest, para dar continuidade ao processo de negociação, uma nova reunião será realizada na Justiça do Trabalho às 15 horas.
Segunda-feira
Além da paralisação dos funcionários contratados pela Funpar, o HC também enfrenta a paralisação de servidores concursados, que retomaram a greve no dia 9 de maio. Com a interrupção de trabalho das duas categorias, o HC informou, nesta segunda-feira, que o primeiro dia de greve teve a adesão de 257 do quadro de 2,8 mil funcionários sendo que dos trabalhadores que cruzaram os braços, 133 eram contratados via Funpar.
Dos 411 leitos ativos do HC, 45 foram bloqueados devido à paralisação. Além disso, das nove salas de cirurgia apenas três funcionaram nesta segunda. Mesmo assim apenas para realizar procedimentos considerados urgentes