O estudo do IBGE, que pela primeira vez mediu a distância percorrida em busca de saúde, mostra que há quatro níveis de deslocamento: 54, 108, 144 e 169 quilômetros. Os percursos aumentam conforme o nível de complexidade do tratamento. Nas regiões Sudeste e Sul, segundo a pesquisa, os fluxos são menores porque os serviços de saúde estão mais bem distribuídos.
Em determinados casos, no entanto, é preciso sair do estado ou do país. Quando isso ocorre, é o governo estadual ou o federal que deve pagar as despesas da viagem. No Paraná, por exemplo, ainda não são realizadas pelo SUS cirurgias de implante coclear (ouvido biônico) e de mudança de sexo. Pacientes são encaminhados para São Paulo e Santa Catarina, nesses casos.
O superintendente da Secretaria de Estado da Saúde, Irvando Carula, não acredita que o deslocamento seja tão longo no Paraná. Ele alega que a política estadual é de descentralização de serviços. Além disso, o estado tem 20 consórcios intermunicipais de saúde que resolvem, em partes, o problema da falta de especialistas no interior.
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