O Ministério da Saúde vai testar em dez cidades brasileiras uma armadilha contra a dengue inventada no Paraná. O equipamento de plástico tem um depósito de água que é trocada constantemente, com a queda de chuva, e a água limpa é o que atrai a fêmea do mosquito. Em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, o material já é um aliado de combate aos focos do mosquito nos trabalhos de prevenção, como mostra uma reportagem do ParanáTV desta sexta-feira (9).
Foram quatro anos de pesquisas até se comprovar que era possível atrair e capturar o aedes aegypti. Os resultados da utilização da armadilha para capturar os mosquitos transmissores da dengue em Foz do Iguaçu foram apresentados ao ministro da Saúde José Gomes Temporão, em Brasília, e a técnica aprovada.
Um dia depois de instalado, o equipamento é retirado pelos agentes de saúde. Se houver mosquito dentro, eles serão contados um a um e poderá ser estabelecido um índice da presença do transmissor da dengue.
Em Foz, são capturados de um a cinco mosquitos por armadilha. De cada cem casas, há mosquitos em cinco. Um mapa foi montado com base em dados recolhidos pelos agentes, que funciona como um direcionador do trabalho de quem combate a dengue.
"Nós verificamos que existem casas em que não há presença da larva. Porém, o mosquito está presente. Isso pode ser fruto de uma casa vizinha. Sabendo que tem o mosquito, nós conseguimos orientar melhor as ações", explica o André de Souza, do Centro de Controle de Zoonoses, em Foz.
