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Mais de 35 mil casos

Ministério da Saúde diz que alta de malária entre indígenas reflete mais testes

Atendimento Yanomami SUS.
Atendimento de emergência em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Os casos de malária entre os indígenas, no período de janeiro a julho deste ano, tiveram um aumento de 12% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já foram registrados mais de 35 mil casos, o que representa o maior número de infectados da última década. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde à Gazeta do Povo.

A maior concentração de malária está no território Yanomami, em Roraima, onde foram diagnosticados quase 19 mil casos. O número demonstra que a cada 10 indígenas da região, seis testaram positivo para a doença.

A malária é uma doença que afeta a população indígena do Brasil, principalmente na região amazônica, e é transmitida por mosquitos. A doença pode ser potencialmente fatal e apresenta sintomas como febre, dores pelo corpo e pele amarelada. Se não tratada, ela pode evoluir para formas graves.

Diante da gravidade e do aumento dos casos, a Gazeta do Povo questionou o Ministério da Saúde sobre a causa e o que tem sido feito para controlar a doença. A pasta informou que "tem intensificado as ações de controle da malária em todos os territórios indígenas do país, como diagnóstico, tratamento, controle vetorial, drenagem de criadouros e educação em prevenção".

Segundo o ministério, a alta dos casos de malária entre os indígenas se deve ao aumento de exames e atendimentos de saúde. "É importante ressaltar que quando há o aumento no número de exames e a constância no atendimento de saúde, se espera que haja um aumento no número de casos da doença, diminuindo-se a subnotificação. Esse fenômeno é conhecido na epidemiologia como viés de diagnóstico", explicou a pasta.

O Ministério da Saúde informou que a testagem para diagnóstico da malária aumentou em 16,4%. "O número de exames passou de 314,3 mil em 2022, para 365,9 mil em 2023. No primeiro semestre deste ano, foram realizados 235,8 mil testes", disse.

Desde o início do atual governo, o presidente Lula vem tentando solucionar a crise humanitária no território Yanomami, a qual atribui a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, as ações do atual governo não estão sendo suficientes para contornar o problema na região. Em junho deste ano, a Gazeta do Povo mostrou que o governo petista tem ocultado dados sobre óbitos de indígenas yanomamis ocorridos em 2024.

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